Munições usadas no assassinato de CEO de seguradora de saúde tinham inscrições, diz agência
Palavras escritas nas balas podem ser referência a estratégia de seguradoras para não pagar indenizações; crime aconteceu em frente a hotel de luxo
SBT News
O atirador mascarado que perseguiu e matou Brian Thompson, CEO de uma das maiores seguradoras de saúde dos Estados Unidos, usou munições gravadas com as palavras "negar", "defender" e "depor". A informação é da agência de notícias Associated Press.
O crime aconteceu na manhã de quarta-feira (4) e foi registrado por câmeras de segurança. O executivo de 50 anos foi baleado diversas vezes pelo suspeito próximo à entrada do Hotel Hilton, em Manhattan, Nova York. Ele participaria da conferência anual da UnitedHealthcare com investidores.
Segundo as informações repassadas à publicação por um oficial envolvido na investigação, as palavras nas munições podem ser uma referência às estratégias usadas por seguradoras para evitar o pagamento de sinistros.
Os investigadores recuperaram várias cápsulas de munição calibre 9 mm do lado de fora do hotel, além de um celular em um beco por onde o atirador fugiu. Com base nos vídeos de vigilância e evidências coletadas na cena, eles acreditam que o atirador tinha algum treinamento prévio com armas de fogo e experiência no uso de armas. Ainda segundo a agência, a arma utilizada no crime estava equipada com um silenciador.
Os investigadores também estão apurando se o suspeito havia deixado uma bicicleta previamente posicionada como parte de um plano de fuga. Ele fugiu de bicicleta e foi visto pela última vez entrando no Central Park.
A polícia de Nova York descarta a possibilidade de o crime ter sido um "ato de violência aleatório". "Muitas pessoas cruzaram com o suspeito, mas ele parecia estar esperando por seu alvo específico", disse a comissária de polícia Jessica Tisch em coletiva de imprensa na quarta-feira (4).
A polícia divulgou várias imagens de vigilância do homem, que usava um casaco com capuz e uma máscara que cobria a maior parte do rosto, oferecendo uma recompensa de até 10 mil dólares por informações que levem à prisão e condenação do suspeito.