Economia

BC espera desaceleração do crescimento e mira "redor da meta" de inflação, diz Guillen

Divulgado nesta quinta (18), Relatório de Política Monetária elevou projeção de crescimento do PIB em 2025 e 2026

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Banco Central | Divulgação/Agência Brasil
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O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, afirmou nesta quinta-feira (18) que a instituição espera a desaceleração da atividade ao longos dos próximos trimestres e reforçou a ideia de que o BC mira "o redor da meta" de inflação.

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Durante coletiva de imprensa nesta manhã em Brasília, Guillen pontuou que dados iniciais referentes ao quarto trimestre deste ano indicam uma continuidade da moderação da atividade. Além disso, o diretor avaliou que o mercado de trabalho apresenta sinais incipientes de moderação no Brasil.

Mais cedo, o BC informou por meio de seu Relatório de Política Monetária que a projeção de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 passou de 2,0% para 2,3%. No caso de 2026, a estimativa de elevação passou de 1,5% para 1,6%.

No documento, a instituição informou ainda que a projeção de inflação em 12 meses é de 3,2% para o terceiro trimestre de 2027 – horizonte relevante para a política monetária a partir de janeiro –, ainda um pouco acima do centro da meta contínua perseguida pela instituição, de 3%.

Ao tratar das projeções, no entanto, Guillen pontuou que elas "são embutidas de grande incerteza".

"Discordo da visão mecanicista que se tem sobre projeções", disse o diretor de Política Monetária. "Por conta das incertezas de projeções que chamamos atenção no comunicado que miramos o redor da meta de inflação", acrescentou.

No comunicado mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC afirmou que "decidiu manter a taxa básica de juros em 15,00% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante".

O terceiro trimestre de 2027 passou a ser considerado pelo mercado como um período chave, já que se torna a referência para o horizonte relevante da política monetária na reunião de janeiro do BC. No mercado, os agentes seguem divididos sobre se a instituição cortará ou não a Selic no próximo mês.

(Reportagem de Bernardo Caram, em Brasília)

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