Mortes por terremoto em Mianmar aumentam para 3,4 mil
Equipes de resgate seguem correndo contra o tempo para encontrar sobreviventes; número de desaparecidos chega a 214

Camila Stucaluc
Subiu para 3.417 o número de mortos em decorrência do terremoto de magnitude 7.7 que atingiu Mianmar no dia 28 de março. O dado foi atualizado na noite de domingo (6) pela mídia estatal, que acrescentou que o número de feridos chega a 4.671 e os desaparecidos são 214.
Equipes de resgate seguem correndo contra o tempo para encontrar sobreviventes. Para auxiliar nas operações, Estados Unidos, Rússia, China, Índia e Emirados Árabes Unidos, entre outros países, enviaram equipes especializadas e pacotes financeiros de ajuda humanitária. Nos últimos dias, no entanto, o país foi atingido por fortes chuvas, o que dificultou as tentativas de resgate.
Ao mesmo tempo, muitos moradores estão desabrigados, vivendo nas ruas. Agências de ajuda humanitária alertaram que a combinação de chuvas e calor extremo pode causar epidemias, inclusive cólera, entre os sobreviventes que estão desabrigados.
“A devastação é real. Famílias dormindo do lado de fora das ruínas de suas casas enquanto corpos de entes queridos são retirados dos escombros”, disse o subsecretário-geral das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher. “Terremotos atingem os mais pobres com mais força. Eles não têm recursos para sobreviver”, acrescentou, pedindo mais ajuda da comunidade internacional.
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Além de Mianmar, o terremoto foi sentido em Bangkok, na vizinha Tailândia. Segundo as autoridades locais, pelo menos 24 pessoas morreram na capital tailandesa, enquanto outras 77 seguem desaparecidas. Dos mortos, 17 foram encontrados nos escombros de um arranha-céu em construção que desabou durante o tremor. Assim como em Mianmar, as operações de resgate continuam.