Mortes em Gaza passam de 32 mil com guerra entre Israel e Hamas
Confrontos também estão prejudicando a assistência média e a entrada de ajuda humanitária na região
Subiu para pouco mais de 32 mil o número de palestinos mortos na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza. O número foi divulgado neste sábado (23) pelo Ministério da Saúde local, que contabilizou 32.142 óbitos desde o início da ofensiva israelense, em 7 de outubro de 2023. Outras 74,4 mil pessoas ficaram feridas.
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Apesar de alto, o número de mortos ainda deve aumentar. Isso porque o governo israelense ignorou os apelos internacionais e afirmou que irá avançar com a invasão na cidade de Rafah, no sul da Gaza, onde mais de 1,5 milhão de civis estão abrigados.
O Ministério da Saúde de Gaza também apontou que a ocupação de Israel está impedindo ambulâncias e equipes de proteção civil de chegar até as vítimas, o que pode levar a mais mortes. Outro ponto preocupante é a escassez de ajuda humanitária, prejudicada por bombardeios, que está levando milhares de civis à insegurança alimentar aguda.
Pelas redes sociais, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, voltou a apelar para um cessar-fogo imediato em Gaza, reforçando que os palestinos “continuam presos num pesadelo sem fim”. O diplomata esteve na passagem fronteiriça entre Rafah e Egito, onde se encontrou com feridos de guerra.
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“É impossível não sentir o coração partido pelos relatos dos feridos ou separados de suas famílias. As pessoas em todo o mundo estão indignadas com os horrores que estão sendo testemunhados. É hora de um cessar-fogo humanitário imediato. É hora de silenciar as armas”, disse Guterres, pedindo que Israel assuma o compromisso de acesso total e irrestrito a ajuda humanitária em Gaza.