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Ministro israelense critica Brasil após Justiça abrir investigação contra soldado

Amichai Chikli acusou o governo Lula de "perseguição", dizendo que a decisão é uma "vergonha para o povo brasileiro"

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Soldado israelense estava de férias no Brasil quando foi denunciado por entidade internacional | Reprodução/FHR
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O ministro de Asssuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, teceu críticas ao governo brasileiro após a Justiça emitir uma ordem de investigação contra um soldado israelense que estava de férias no país. Em carta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Chikli falou em perseguição.

A queixa que levou à investigação do soldado foi realizada pela Fundação Hind Rajab (HRF) – organização que combate crimes contra a humanidade e violações de direitos humanos na Palestina. Segundo a entidade, o militar teria cometido crimes de guerra na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas.

O crime em questão teria ocorrido em novembro de 2024, quando um quarteirão residencial foi demolido por explosivos em Gaza. A organização disse que o soldado participou da destruição do local, que servia de abrigo para palestinos deslocados.

Na carta, Chikli disse que a HRF está longe de ser uma organização de direitos humanos. O ministro afirmou que o fundador da entidade é um “ativista libanês que já declarou laços com o Hezbollah” – grupo aliado do Hamas. Ele citou ainda que o cofundador do grupo cobrou um número maior de vítimas nos ataques de 7 de outubro de 2023.

“O fato de que o Judiciário brasileiro, com apoio do presidente Lula, se envolva com indivíduos com visões tão extremas – especialmente enquanto nos aproximamos do 80° aniversário da libertação de Auschwitz [campo de concentração nazista localizado no sul da Polônia] – é uma vergonha para o povo brasileiro”, escreveu o ministro.

A investigação também foi rejeitada pela Embaixada de Israel no Brasil. Em nota, a representação do país defendeu que a HRF está explorando os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel tanto globalmente quanto no Brasil.

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“Israel está exercendo seu direito à autodefesa após o massacre brutal cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Todas as operações militares em Gaza são conduzidas em total conformidade com o direito internacional”, disse a embaixada israelense. “Os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas, que exploram populações civis como escudos humanos”, acrescentou.

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