Maduro acusa TikTok, WhatsApp e Instagram de "golpe de Estado ciberfascista"
Mensagem do presidente foi divulgada em seu perfil oficial nas redes sociais; TikTok é de empresa chinesa, país que reconhece reeleição do chavista
Gabriel Sponton
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou, nesta segunda-feira (5), as redes sociais TikTok, WhatsApp e Instagram de tentar realizar um "golpe de Estado ciberfascista".
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"Acuso o TikTok e acuso o Instagram por sua responsabilidade na instalação do ódio, para dividir os venezuelanos", disse Maduro.
Ele afirma que as empresas são responsáveis por promover a divisão no país. Em vídeo, ele também reforça que as redes sociais buscam trazer o fascismo e "uma matança" para a Venezuela.
O líder venezuelano também afirmou que TikTok, WhatsApp e Instagram estão tentando desmoralizar e ferir as Forças Armadas do país.
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Enquanto WhatsApp e Instagram pertencem à Meta, dos Estados Unidos, que não reconhecem a vitória autoproclamada de Maduro, o TikTok é da ByteDance, da China, que, junto com a Rússia, reconheceu o resultado proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
Situação na Venezuela
Para o Brasil, países da América Latina e União Europeia, as eleições na Venezuela ainda não foram definidas. As nações cobram o governo de Nicolás Maduro para que sejam apresentadas as atas das eleições.
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Já para os Estados Unidos, o vencedor das eleições foi Edmundo González Urrutia. O secretário de Estado norte-americano afirmou que "o processamento desses votos e o anúncio dos resultados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Maduro, foram profundamente falhos".
Nas redes sociais, a oposição, liderada por María Corina Machado, publicou uma carta aberta afirmando que "Maduro deu um golpe de Estado".
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O líder venezuelano também vem sendo alvo de protestos, tanto on-line, quanto nas ruas da Venezuela, pedindo que ele saia do cargo, alegando que o presidente eleito foi, na verdade, o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.