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Lobo terrível não foi recriado, diz cientista chefe do projeto

Beth Shapiro afirmou que os "lobos terríveis” são, na verdade, lobos cinzentos com modificações genéticas; empresa havia feito postagens afirmando o contrário

Imagem da noticia Lobo terrível não foi recriado, diz cientista chefe do projeto
Os lobos Remus e Romulus | Colossal Biosciences - Reprodução
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A cientista-chefe da Colossal Biosciences, Beth Shapiro, afirmou nesta quinta-feira (22), em entrevista à revista New Scientist, que os animais apresentados pela empresa como lobos-terríveis são, na realidade, lobos-cinzentos com cerca de 20 modificações genéticas, e não uma verdadeira recriação do lobo-terrível. Extinto há mais de 10 mil anos, o lobo-terrível viveu nas Américas.

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“Nunca escondemos que era isso. As pessoas ficaram bravas porque estávamos chamando-os de lobos-terríveis [...] Depois dizem: ‘mas eles são só lobos-cinzentos com 20 modificações’. Mas a questão é que dissemos isso desde o início. Eles são lobos-cinzentos com 20 edições”, afirmou a cientista à revista cientifíca.

Contradições

Apesar de Beth Shapiro dizer que a empresa nunca afirmou ter recriado o lobo-terrível, publicações nas redes sociais da Colossal indicam o contrário. No anúncio feito em 7 de abril deste ano na plataforma X, a legenda dizia: “Você está ouvindo o primeiro uivo de um lobo-terrível em mais de 10.000 anos. Conheça Rômulo e Remo — os primeiros animais extintos do mundo, nascidos em 1º de outubro de 2024.”

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A publicação acumula mais de 23 milhões de visualizações e 38 mil compartilhamentos. Além do vídeo, a empresa divulgou uma imagem com o texto: “O primeiro lobo-terrível uiva em 10.000 anos”.

Publicação em que Colossal Biosciences afirma que o primeiro lobo-terrível uiva em 10.000 anos | Foto: reprodução/X
Publicação em que Colossal Biosciences afirma que o primeiro lobo-terrível uiva em 10.000 anos | Foto: reprodução/X

Em outra publicação controversa, a Colossal afirmou: “Depois de mais de 10.000 anos, o lobo-terrível foi trazido de volta da extinção. Mas como isso foi feito?”

No post, um vídeo explicava o processo de extração de DNA, sequenciamento de genoma e as dificuldades enfrentadas para “recriar” o lobo-terrível — reforçando a narrativa de que a espécie havia sido realmente desextinta. (Confira o post abaixo)

Publicação em que Colossal Biosciences explica o processo  | Foto: reprodução/X
Publicação em que Colossal Biosciences explica o processo | Foto: reprodução/X

Além disso, a Colossal BioScienses também publicou um vídeo em seu canal no YouTube com o seguinte título: "A criação dos colossais lobos terríveis - a primeira desextinção do mundo".

Na descrição do vídeo que conta com mais de 1 milhão de visualizações, a empresa escreveu: "O lobo-terrível não está mais extinto — e esta é a história de como a Colossal tornou isso possível". (Confira o vídeo abaixo )

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