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Líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado é libertada, diz partido

Partido opositor a Maduro denuncia disparos contra membros em protestos contra a posse do chavista nesta quinta-feira (9)

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Líder da oposição venezuelana, María Corina Machado aparece em protesto um dia antes da posse de Nicolas Maduro - Reprodução
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A líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi detida nesta quinta-feira (9), durante sua primeira aparição pública em meses, após as conturbadas eleições no país. A informação é do jornal espanhol El País. Horas depois, o partido opositor, Comando de Campanha Nacional, publicou no X que ela foi libertada.

O partido afirma que María Corina foi obrigada a gravar vídeos durante a detenção. Nas redes sociais, circula um vídeo não verificado onde supostamente ela diz que está bem.

A oposição realiza protestos em várias partes da Venezuela em uma tentativa de última hora de pressionar o presidente Nicolás Maduro, que tomará posse para seu terceiro mandato de seis anos nesta sexta-feira (10).

No X, o partido da opositora afirmou que membros do regime atiraram contra motocicletas que transportavam María Corina Machado e outros integrantes da oposição.

Pouco tempo depois da detenção de María Corina, em uma publicação na mesma rede social, Edumundo Gonzáles exigiu a "libertação imediata" da líder. "Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo", afirmou.

Edmundo González, candidato que disputou a eleição com Nicolás Maduro em 2024, afirma que venceu o pleito. O partido conseguiu reunir mais da metade das atas eleitorais que comprovariam o resultado.

No entanto, Nicolás Maduro sustenta que ele é o vencedor – resultado confirmado pela Corte Eleitoral do país, dominada pelo chavismo. Maduro não divulgou o resultado completo das eleições, o que levou parte da comunidade internacional a questionar a credibilidade do processo eleitoral na Venezuela.

Lula não irá à Venezuela

A embaixada do Brasil em Caracas recebeu, na terça-feira (7), o convite para a posse do terceiro mandado de Nicolás Maduro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai enviar a embaixadora do Brasil, que já está em terras venezuelanas, Glivânia Oliveira, para participar da cerimônia.

O governo Lula não reconheceu a vitória de Maduro sobre o opositor Edmundo González e pediu que as atas eleitorais, que comprovariam o resultado, fossem apresentadas. Mesmo com a turbulência política no país, ainda está previsto que Maduro assumirá mais um mandato.

As relações entre os dois países estão estremecidas desde as eleições venezuelanas. A ideia do governo Lula é manter apenas relações diplomáticas com o país vizinho.

Na avaliação do governo, Maduro não cumpriu o que prometeu no Acordo de Barbados, quando representantes do governo e da oposição venezuelana se comprometeram, no fim de 2023, com eleições livres, justas, transparentes e aceitas por todos.

Outro motivo de irritação no governo Lula são as ofensas de Nicolás Maduro. O líder chavista não se conforma com a posição do governo brasileiro ante a eleição e não perdoa o Brasil por ter barrado a entrada da Venezuela nos BRICS, bloco formado por nações em desenvolvimento, que inclui países como China, Rússia e Brasil.

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