Jornal relatando naufrágio do Titanic é encontrado durante faxina na Inglaterra
Edição publicada em abril de 1912 mostra as consequências da tragédia
Um exemplar histórico do jornal britânico Daily Mirror foi encontrado por acaso na Inglaterra. Trata-se de uma edição publicada em 20 de abril de 1912, cinco dias após o naufrágio do Titanic. Nas páginas, são relatadas as consequências da tragédia, que deixou mais de 1,5 mil mortos, enquanto as famílias esperavam pela lista de sobreviventes.
A descoberta foi feita por Charles Hanson — proprietário da casa de leilões Hansons Auctioneers — , que encontrou o exemplar no fundo de seu guarda-roupa durante uma faxina. Segundo ele, o jornal foi conservado graças à avó, que guardou edições que reportaram grandes eventos, como a coroação do rei George V, em 1911.
Com a manchete "Uma das milhares de tragédias que tornaram o naufrágio do Titanic o mais horrível da história do mundo", o exemplar traz a foto de duas mulheres aguardando a publicação da lista de sobreviventes. A página seguinte contém algumas imagens das vítimas, sob o título “Alguns dos muitos heróis do terrível desastre do Titanic”.
"Ontem foi um dia terrível na história de Southampton, embora tenha posto fim a todo o suspense. Uma lista dos sobreviventes foi afixada do lado de fora dos escritórios da White Star, e mães e esposas que esperavam contra a esperança leram ansiosamente os nomes, apenas para descobrir que seus piores medos se concretizaram”, diz o texto.
Logo após ser descoberto, o jornal foi colocado à venda pela Hansons Auctioneers, sendo descrito por Hanson como “uma valiosa peça da história social”. A edição foi arrematada no dia 21 de agosto, pelo valor de 34 libras – cerca de R$ 250, na cotação atual.
Tragédia do Titanic
O famoso RMS Titanic começou a ser construído em 1909, sendo projetado para ser o navio mais luxuoso e seguro da época. A embarcação, contudo, naufragou na madrugada de 15 de abril de 1912, três dias após partir na viagem inaugural. A tragédia aconteceu após o navio colidir com um iceberg, que abriu partes do casco da embarcação.
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Como possuía botes salva-vidas apenas para metade dos passageiros, o acidente resultou na morte de 1,5 mil pessoas, que caíram na água quase congelada. Especialistas afirmam que algumas das pessoas morreram quase instantaneamente de infarto agudo causado pelo estresse do naufrágio, enquanto outros vieram a óbito por hipotermia. Ao todo, mais de 1,1 mil corpos nunca foram encontrados.