Israel rejeita cessar-fogo e vai intensificar ataques contra o Hezbollah
Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descarta proposta de trégua de 21 dias feita pelos EUA
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou, nesta quinta-feira (26), a proposta de cessar-fogo de 21 dias sugerida pelos Estados Unidos e por aliados europeus. Netanyahu afirmou que Israel continuará os bombardeios até que o grupo militante pare de lançar foguetes contra o país.
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A situação entre Israel e o Hezbollah se agravou com novos ataques. Israel atingiu a capital do Líbano, matando um comandante do Hezbollah, enquanto o grupo respondeu com o lançamento de dezenas de foguetes. Milhares de pessoas em ambos os países já foram deslocadas devido à violência na fronteira, sobretudo os libaneses.
Netanyahu foi a Nova York para a Assembleia Geral da ONU (Organizações das Nações Unidas), onde potências internacionais buscam uma trégua temporária de três semanas para conter o conflito. No entanto, as esperanças de um cessar-fogo foram enfraquecidas pela determinação de Israel em eliminar as capacidades militares do Hezbollah, especialmente após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deu início ao conflito. O apelo conjunto foi lançado pelos países após a reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No documento, as nações pedem uma trégua imediata de 21 dias nos combates e o início de rodas de negociações. O objetivo é “pôr um fim” na escalada dos conflitos e evitar uma nova guerra no Oriente Médio. +Primeiro-ministro libanês endossa apelo por cessar-fogo entre Israel e Hezbollah: "É possível"
Na última semana, Israel intensificou os ataques em Beirute, mirando comandantes do Hezbollah. Os militares israelenses também indicaram a possibilidade de uma invasão terrestre para afastar o Hezbollah da fronteira. Até o momento, cerca de 100 mil libaneses fugiram de suas casas.
A escalada atual traz temores de um novo conflito como o de 2006 entre Israel e Hezbollah. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, alertou sobre o impacto devastador de outra guerra para ambos os países. (Com informações da AP News)