Após seis meses, Israel anuncia redução de tropas em Gaza
Até o momento mais de 33 mil pessoas morreram e 75 mil ficaram feridas no conflito; exército israelense diz que pode voltar com às operações
Após seis meses de guerra com o Hamas, Israel anunciou neste domingo (7) a retirada de tropas terrestres do sul da Faixa de Gaza.
Segundo um porta-voz do exército israelense, apenas uma brigada, a Brigada Nahan, com milhares de soldados, será mantida no centro e norte da região.
Conforme informado pelo jornal Jerusalem Post, Israel quer manter os civis no sul da Faixa de Gaza.
No entanto, segundo a agência de notícias AFP, o exército de Israel ainda pode fazer novas operações na área.
No entanto, esse movimento acontece em meio de pressões internacionais e a uma nova rodada de negociações, com as delegações dos Estados Unidos, Catar, Israel e Hamas, que estão no Egito para negociar um cessar-fogo e libertação de reféns do Hamas.
- Enquanto o Hamas quer um cessar-fogo completo, a retirada de tropas israelenses, e o retorno das pessoas deslocadas às suas casas.
- Netanyahu garantiu neste domingo que Israel está "a um passo da vitória" em Gaza e disse que não haverá cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns.
Mortes por todos os lados
Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas, de 29 de março, até o 178º dia de guerra muitas mortes e feridos foram registrados no confronto entre o grupo palestino e Israel.
Confira abaixo o levantamento do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA)
- 32.623 palestinos mortos
- Mais de 1.200 israelenses mortos
- 75.092 estão feridos
Já o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza aponta que até o dia 178 do conflito, ao menos 32.916 pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças, teriam sido mortas pelos israelenses.
Para a Unicef, gerida pela ONU, mais de 13 mil crianças teriam sido mortas em Gaza desde o começo da guerra.