Homem acusado de tentar matar Trump começa a ser julgado nos EUA
Tentativa de homicídio ocorreu em setembro de 2024, quando o então candidato à presidência estava em um clube de golfe na Flórida

Sofia Pilagallo
Ryan Wesley Routh, homem acusado de tentar matar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou a ser julgado nesta segunda-feira (8). A tentativa de homicídio ocorreu em 15 de setembro de 2024, quando o então candidato à presidência estava em um clube de golfe na Flórida. As informações são da rede de notícias americana NBC News.
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O homem, de 59 anos, morador do Havaí e ex-apoiador de Trump, alega inocência. Ele é acusado dos crimes de tentativa de homicídio e porte de arma de fogo. O suspeito rejeitou ter um advogado e vai fazer a própria defesa durante o julgamento, que deve durar cerca de três semanas.
A juíza distrital dos EUA Aileen Cannon afirmou que esta era uma "má ideia" quando Routh fez a solicitação pela primeira vez, em julho, mas o homem insistiu em seguir com ela, alegando que ele e seus advogados estavam "a um milhão de milhas de distância". Os advogados que trabalhavam na defesa dele, até então, atuarão como auxiliares no julgamento.
Os promotores dizem que Routh planejou metodicamente matar Trump por semanas, antes de se esconder nos arbustos do campo de golfe e esperar pela aparição de seu alvo. Ele estava prestes a atirar quando foi avistado por um agente do Serviço Secreto, que atirou. O suspeito fugiu sem disparar um único tiro e foi capturado pouco tempo depois.
Durante as audiências judiciais e nas moções, Routh repetidamente menosprezou Trump, chamando-o de uma "vítima frágil", um "idiota louco e inseguro" e um "babuíno". Dias antes do início do julgamento, ele também causou polêmica ao entrar com uma moção. No documento, solicitou que strippers fossem levadas para a prisão federal em Fort Pierce e desafiou o presidente para um duelo de golfe.
"Uma partida de golfe com o porco racista, se ele vencer, ele pode me executar, se eu vencer, eu fico com o emprego dele", escreveu Routh. "(Desculpe, caipira Vance)", acrescentou o homem, referindo-se ao vice-presidente JD Vance.
A juíza alertou Routh diversas vezes que não permitirá nenhuma explosão ou comportamento inapropriado da parte dele durante o julgamento. Ela o alertou que, caso não obedeça, reintegrará seu advogado substituto.