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Greve em aeroportos na França cancela 40% de voos em meio ao início do verão europeu

Companhias aéreas alertam para passageiros verificarem os status dos voos devido ao impacto do movimento

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Aeroporto Charles de Gaulle em Paris | Foto: Reprodução X @ParisAeroport
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Os controladores de tráfego aéreo iniciam o segundo dia de greve nesta sexta-feira (4) na França, desencadeando diversos cancelamentos e atrasos significativos de voos.

O movimento da Autoridade Francesa de Aviação Civil (DGAC) coincide com o início do verão europeu e a alta temporada de viagens na região.

A agência de aviação ordenou que as companhias aéreas cancelassem 40% dos voos nos três principais aeroportos de Paris nesta sexta-feira (4) devido à greve.

Segundo a DGAC, a paralisação dos controladores de tráfego aéreo se deve às condições de equipes enxutas e equipamentos obsoletos e desgastados que os profissionais enfrentam.

Até 50% dos voos nos outros aeroportos franceses, principalmente no sul, também foram afetados, acrescentou a DGAC.

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O ministro dos Transportes francês, Philippe Tabarot, disse que a greve é "inaceitável".

Mesmo com os cancelamentos, a agência de aviação francesa alertou que os passageiros podem ser afetados por outros atrasos e distúrbios significativos.

O grupo Airlines for Europe (A4E) informou na noite de quinta-feira (3) que 1.500 voos foram cancelados e outros diversos sofreram atrasos como consequência da greve de dois dias. A paralisação também afetou cerca de 300 mil passageiros, segundo o grupo.

Já o principal e mais movimentado aeroporto de Paris, o Aeroporto Charles de Gaulle (CDG), alertou os passageiros para verificarem o status dos voos com a respectiva companhia aérea com antecedência antes de ir para o aeroporto devido ao movimento da DGAC.

Companhia low cost critica Comissão Europeia

A companhia aérea do setor low cost, Ryanair, criticou fortemente a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen pela forma em como lidou com a crise no controle aéreo.

Em nota, a companhia pediu pela demissão de von der Leyen "caso não esteja disposta a reformar o falido Serviço de Controle de Tráfego Aéreo da Europa, enquanto os Controladores de Tráfego Aéreo franceses iniciam o segundo dia de greves recreativas".

"Ursula von der Leyen não tomou nenhuma medida, ao longo de 6 anos, para reformar o Serviço de Controle de Tráfego Aéreo da Europa, que continua a perturbar o mercado único de viagens aéreas e a arruinar os planos de viagem de milhares de passageiros da UE e suas famílias todos os verões", afirma.

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Já Michael O'Leary, o CEO da empresa, apontou para o Relatório Draghi de 2024 que identificou a necessidade de uma reforma do controle de tráfego aéreo (ATC) e contratação e treinamento de mais trabalhadores.

"Mais uma vez, na quinta e sexta-feira desta semana, mais de 400 voos da Ryanair e mais de 70.000 passageiros e suas famílias terão seus planos de viagem interrompidos por um pequeno número de controladores de tráfego aéreo franceses, envolvidos em greves recreativas. Mais de 350 deles são sobrevoos, que poderiam e deveriam ser protegidos pela Comissão Europeia" afirmou Michael O'Leary.
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