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Governo brasileiro mantém silêncio após fala de Maduro sobre "banho de sangue" caso perca as eleições

Eleições da Venezuela estão marcadas para o sábado da próxima semana, dia 28

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O governo brasileiro manteve o silêncio após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ter falado em "banho de sangue" caso perca a eleição em seu país. As eleições estão marcadas para o sábado da próxima semana, dia 28.

"O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo", afirmou o presidente em comício na quarta-feira (17), em Parroquia de la Vega, distrito na zona oeste de Caracas, capital do país.

Maduro, sucessor político e afilhado do ex-presidente Hugo Chávez, está no poder desde 2013. Ele ganhou duas eleições desde então, ambas questionadas pela oposição e pela comunidade internacional, por falta de transparência e de princípios democráticos.

Tanto o Palácio do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até a noite desta quinta-feira (18), ainda não haviam se manifestado sobre a fala de Maduro.

O Itamaraty está acompanhando com atenção todos os movimentos na Venezuela, mas a ordem é evitar manifestações públicas, principalmente, quando se trata de declarações sobre compromissos de campanha.

O governo brasileiro sabe que a eleição no país vizinho é um assunto sensível e qualquer comunicado deverá ser devidamente discutido entre o Palácio do Planalto e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O governo brasileiro vê com preocupação a retirada, por parte do governo Maduro, dos observadores da União Europeia durante a eleição.

Atentado contra a oposição

María Corina afirmou, nesta quinta-feira (18), que o governo de Nicolás Maduro atentou contra ela e sua equipe em Barquisimeto. Segundo ela, os freios dos carros da comitiva foram propositalmente danificados.

Em vídeo publicado no Instagram, ela explicou: "Nossos carros foram vandalizados e cortaram a mangueira dos freios. Agentes do regime nos seguiram desde Portuguesa e cercaram a urbanização onde pernoitamos. É claramente um ataque às vidas daqueles que utilizam esses veículos".

O governo Maduro não se manifestou a respeito da denúncia até a última atualização desta reportagem.

María foi uma das candidatas impedidas de disputar as eleições em janeiro deste ano. Na época, ela era a favorita nas pesquisas de intenção de voto.

No entanto, ela continua ativa e é uma das principais promotoras da campanha de Edmundo González, escolhido pela coalizão de partidos opositores a Maduro para disputar o pleito.

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