Gonzalez chega à Espanha e OEA volta a defender posse de opositor de Nicolás Maduro, na Venezuela
Avião militar espanhol pousou em Madri neste domingo (8), com adversário de presidente venezuelano, que tem reeleição questionada mundialmente

SBT News
Edmundo Gonzalez, o opositor de Nicolás Maduro na Venezuela, chegou neste domingo (8) a Espanha para seu asilo político. O candidato virou alvo do governo autocrático do presidente venezuelano, que se declarou reeleito na eleição de 28 de julho. O resultado é questionado pela oposição e entidades mundiais.
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Gonzalez recebeu apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), que publicou neste domingo (8) comunicado em que criticou a necessidade de "exílio forçado" do candidato. A entidade reforçou o comprometimento para que o "verdadeiro vencedor das eleições na Venezuela assuma a presidência". A posse está marcada para janeiro de 2025.
O perseguido por Maduro teve o pedido de asilo aceito pela Espanha e deixou a Venezuela na noite deste sábado (7). O avião da Força Aérea Espanhola ficou na República Dominicana, durante as negociações, e passou por Caracas para retirar o opositor.
Neste domingo (8), a aeronave pousou na base aérea de Torrejon de Ardoz, próximo de Madri.
Venezuela
O comunicado de que Gonzalez deixou a Venezuela foi emitido pelas redes sociais do governo Maduro na noite de sábado (7).
"Hoje, em 7 de setembro, o cidadão da oposição Edmundo González Urrutia, que foi refugiado voluntário na embaixada da Espanha em Caracas por vários dias, solicitou asilo político ao governo espanhol", comunicado da vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez.
A representante do governo de Maduro destacou que houve acordo para que Gonzalez não fosse preso a caminho do aeroporto e que isso "reafirma o respeito à lei que tem prevalecido nas ações da República Bolivariana da Venezuela na comunidade internacional".
Maduro se declarou eleito presidente, mas a oposição apontou fraude e sua derrota nas urnas. O questionamento ganhou apoio internacional, mas ele manteve sua reeleição.
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Autoridades venezuelanas decretaram a prisão de Gonzalez, por questionar o resultado declarado de vitória de Maduro. O pedido de asilo teria sido para preservar sua vida e evitar uma prisão ilegal.