Gêmeos recém-nascidos são vítimas mais jovens do furacão Helene nos EUA
Considerado o mais mortal a atingir o país desde o Katrina, furacão já deixou pelo menos 215 mortos em seis estados
Emanuelle Menezes
Os gêmeos recém-nascidos Khyzier e Khazmir Williams, de apenas 1 mês de idade, são as vítimas mais jovens do furacão Helene, que já deixou pelo menos 215 mortos nos Estados Unidos – e é considerado o mais mortal desde o Katrina, em 2005. O furacão atingiu a costa do estado da Flórida na categoria 4 – que vai de 1 a 5, pelo nível de gravidade –, com ventos de até 225 km/h, e também circulou rapidamente por Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia e Tennessee, provocando uma série de transtornos.
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Os meninos e a mãe, Kobe Williams, de 27 anos, foram esmagados quando uma árvore caiu em cima do trailer em que estavam, na cidade de Thomson, zona rural da Geórgia (EUA). Os corpos dos gêmeos foram encontrados embaixo do corpo de Kobe, horas depois, por parentes preocupados com as consequências do furacão que devastou a região.
O avô de Khyzier e Khazmir Williams disse, para a imprensa local, que a filha havia prometido se esconder no banheiro caso não conseguisse evacuar com os bebês. Ele ainda não conhecia os netos.
O número de mortos pelo furacão Helene chegou a 215 nesta sexta-feira (4). Foram registrados óbitos em seis estados: Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Tennessee e Virgínia. O Helene já é o furacão mais mortal a atingir os Estados Unidos desde o Katrina, em 2005, quando 1392 pessoas morreram.
Aproximadamente metade das vítimas fatais estavam na Carolina do Norte. Só no Condado de Buncombe, foram confirmados 72 óbitos até a noite de quinta-feira (3). Segundo a Associated Press, centenas de pessoas ainda estão desaparecidas.
Equipes de busca se espalharam pelos estados atingidos, utilizando helicópteros para alcançar áreas isoladas, superando pontes destruídas e caminhando por regiões de difícil acesso. O furacão deixou um rastro de destruição, interrompendo o fornecimento de energia elétrica e o serviço de telefonia celular em diversas cidades. Cerca de 750 mil casas e empresas ainda estão sem luz, segundo o site PowerOutage.us.