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FIFA propõe abandono de partida e protocolo de três etapas em casos de racismo; veja

Proposta será apresentada em uma reunião do Congresso da FIFA em Bangcoc, Tailândia, na sexta-feira (17)

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Vinicius Júnior, atacante do Real Madrid e Seleção Brasileira, protestando em campo contra o racismo I Reprodução/ Redes sociais
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A FIFA, entidade máxima do futebol, apresentará uma proposta ao seu Congresso para a implementação de medidas contra casos de racismo em todas as suas 211 associações afiliadas.

A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (16), em uma carta de Mattias Grafstrom, secretário-geral da instituição, para as filiais. O documento deve ser apresentado em Bangcoc, Tailândia, na sexta-feira (17).

+ Vini Jr. pede punição a torcedores do Atlético de Madrid por racismo: "Triste realidade"

Mattias propõe novas regras, avaliações, ações em campo e possíveis acusações criminais, adicionando o racismo no Código Disciplinar das Associações Membro da Fifa.

Na prática, ações racistas seriam diferenciadas de outros acidentes, aplicando punições específicas e severas.

“Vamos pausar, suspender e abandonar os jogos em caso de racismo, introduzindo um gesto padrão global para que os jogadores comuniquem incidentes racistas e os julgados sinalizem a implementação do procedimento de três etapas”, afirmou Mattias Grafstrom.

O gesto que ele se refere envolve os atletas levantando as mãos e cruzando os pulso para que o juiz da partida tome conhecimento de um caso de racismo.

Em seguida, o árbitro iniciaria o protocolo das três etapas:

  1. Anunciar ao público o fim do preconceito.
  2. Suspender a partida até que o crime pare.
  3. Caso não seja paralisado, abandono da partida por completo.
“Pressionarmos pelo reconhecimento do racismo como um delito criminoso em todos os países do mundo e, onde já é considerado um delito, pressionaremos para que seja processado com a gravidade que merece”, disse Mattias.

Além das medidas punitivas, a FIFA vai promover iniciativas educacionais com unidades de ensino e governos para estabelecer uma política antirracista composta por ex-jogadores.

Vinicius Júnior

Vinicius Júnior, atacante do Real Madrid e Seleção Brasileira, protestando em campo contra o racismo I Reprodução/ Redes sociais
Vinicius Júnior, atacante do Real Madrid e Seleção Brasileira, protestando em campo contra o racismo I Reprodução/ Redes sociais

O melhor brasileiro em atividade e o possível melhor jogador do mundo enfrentou, pelo menos, dez casos de racismos que chegaram a virar denúncias, somente no Campeonato Espanhol.

Em nenhuma delas, clube ou torcida sofreram sanções ou medidas disciplinares. Ninguém foi punido e os jogos seguiram normalmente.

+ Lula repudia caso de racismo contra Vini Jr; governo diz que vai cobrar UEFA

Racismo no futebol brasileiro

O Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol registra, além das ocorrências com atletas brasileiros no exterior, episódios em solo brasileiro.

Desde 2014, são contabilizados casos de racismo dentro e fora de estádios para mostrar que esses fatos "não acontecem de forma esporádica, são comuns".

Veja a quantidade de casos de racismo em partidas no Brasil:

  • 2014: 25
  • 2015: 36
  • 2016: 25
  • 2017: 43
  • 2018: 47
  • 2019: 70
  • 2020: 31
  • 2021: 64

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