Exército de Israel apresenta relatório sobre violência sexual usada pelo Hamas
Segundo militares israelenses, integrantes do grupo extremista palestino cometeram abusos sexuais como arma nos ataques de 7 de outubro

Flavia Travassos
Ivan Flávio
Leonardo Ferreira
Depois de confirmar que uma falha técnica causou morte de crianças palestinas que estavam na fila por água, em Gaza, o governo de Israel divulgou, nesta segunda-feira (14), um relatório que detalha o uso da violência sexual como arma de guerra pelo Hamas, durante os ataques terroristas de outubro de 2023.
O relatório foi apresentado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel. O estudo não revela o número exato de vítimas, mas aponta o impacto dos estupros cometidos como arma de guerra pelo grupo extremista.
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Especialistas do Projeto Dinah ouviram socorristas, sobreviventes e reféns que foram libertados pelos terroristas. Segundo a juíza Nava Ben Or, que fundou o projeto, há relatos de estupros de mulheres e homens na frente da própria família.
O relatório surge em um momento em que cresce a pressão contra Israel por conta do número de mortes no território palestino: mais de 58 mil, de acordo com o Hamas — dado contestado por Tel Aviv. Uma ação foi aberta ainda em 2023 pela África do Sul, na Corte Internacional de Justiça, da ONU, acusando Israel de genocídio.
Em entrevista à rede Al Jazeera, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse que o país vai aderir ao processo “em muito pouco tempo”, por causa dos “desenvolvimentos recentes do conflito”.
Paralelamente, a negociação de um cessar-fogo entre Hamas e Israel continua. Segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a aprovação deve acontecer ainda nesta semana. “Acho que temos uma chance esta semana”, afirmou.
Durante a trégua de 60 dias, os dois lados vão debater o fim definitivo da guerra — que começou após os atentados do Hamas contra o território israelense.