Europa pede inclusão nas negociações de cessar-fogo após telefonema entre Trump e Putin
Potências afirmaram que participação nos diálogos é necessária para garantir “paz justa e duradoura” no continente
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Camila Stucaluc
Potências europeias emitiram um comunicado, na noite de quarta-feira (12), pedindo inclusão nas negociações de cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia. Como Kiev faz parte do continente europeu, as autoridades afirmaram que a participação das nações é necessária para garantir a “paz justa e duradoura” no território.
O comunicado foi divulgado após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversar por telefone com o líder russo, Vladimir Putin. Ambos concordaram em iniciar os diálogos para negociar o fim da guerra, o que preocupou os europeus, uma vez que Trump parece estar negociando, sozinho, o futuro da segurança do continente.
"A Ucrânia e a Europa devem fazer parte de qualquer negociação. A Ucrânia deve receber garantias de segurança. Uma paz justa e duradoura na Ucrânia é uma condição necessária para uma forte segurança transatlântica”, diz o comunicado, assinado pelos ministros de Relações Exteriores da Alemanha, França, Polônia, Itália, Espanha e Reino Unido.
No texto, os diplomatas ainda afirmam que estão ansiosos para discutir com os “aliados americanos” o “caminho a seguir” nas negociações de cessar-fogo. “Nós compartilhamos o objetivo de continuar apoiando a Ucrânia até que uma paz justa, abrangente e duradoura seja alcançada. Uma paz que garanta os interesses da Ucrânia e os nossos.”
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A volta do diálogo entre Ucrânia e Rússia, atualmente mediado por Trump, acontece no momento em que a guerra está prestes a completar três anos. Com recursos escassos, os países agora tentam encontrar condições que levem ao fim do conflito. Nesta semana, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sugeriu que está aberto a dialogar a troca de territórios como parte de um possível acordo.