EUA voltam a adotar sanções econômicas contra a Venezuela
Medida ocorre após opositora de Nicolás Maduro ser proibida de disputar as eleições presidenciais no país
Os Estados Unidos voltaram a aplicar sanções econômicas contra a Venezuela. A decisão ocorre após uma opositora do governo de Nicolás Maduro ser proibida de disputar as eleições à presidência no país.
Dentre as medidas anunciadas, nesta terça-feira (30), pela Casa Branca está o recuo na prorrogação da licença de exportação de petróleo venezuelano, prevista para acabar em abril. O Departamento do Tesouro norte-americano determinou ainda o encerramento do contrato com a mineradora estatal venezuelana.
O alívio nas sanções tinha sido acordado em outubro, como parte das negociações entre governo e oposição na Venezuela, para a realização de eleições justas e livres no segundo semestre deste ano.
Na última sexta-feira (26), o supremo tribunal da Venezuela, controlado por Nicolás Maduro, impediu que a opositora Maria Corina Machado ocupe cargos públicos por 15 anos. De acordo com as pesquisas, ela era considerada a favorita para derrotar o atual líder venezuelano, no poder há mais de 10 anos.
Em 2015, a ex-deputada, que liderou manifestações contra o governo, foi considerada inelegível por ter cometido supostas irregularidades no período em que esteve no congresso. Além dela, o ex-governador Henrique Caprilles também foi proibido de disputar as eleições.
A Organização dos Estados Americanos, da qual o Brasil faz parte, condenou a decisão da justiça venezuelana e classificou o governo de Nicolás Maduro como uma "ditadura". O Itamaraty não se manifestou oficialmente.