EUA negociam saída diplomática entre Ucrânia e Rússia em meio a ataques
Donald Trump conversou o ucraniano Volodomir Zelensk por uma hora, no primeiro contato depois do bate-boca entre os líderes na Casa Branca, em fevereiro
Patrícia Vasconcellos
Um dia depois de telefonar para o russo Vladimir Putin, Donald Trump conversou hoje com o presidente da Ucrânia, em mais uma tentativa dos Estados Unidos (EUA) mediarem uma saída diplomática para a guerra. Os ataques de ambos os lados, no entanto, continuam.
A conversa durou cerca de uma hora e foi a primeira vez que Donald Trump e Volodomir Zelenski se falaram desde o bate-boca no salão Oval da Casa Branca no fim de fevereiro. Desta vez, segundo o presidente norte-americano, o contato foi "muito bom" e esteve focado nos detalhes discutidos entre ele e o russo Vladimir Putin no dia anterior.
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Nas redes sociais, Trump escreveu: "Estamos muito no caminho certo."
Mas o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca admitiu que é um trabalho de diplomacia difícil. "Nós iremos e voltaremos em todos os níveis de governo com os dois lados por um cessar-fogo que leve ao fim desta guerra", disse Michael Walts.
Pouco depois, a porta-voz da Casa Branca disse que Zelenski concordou com o cessar-fogo parcial, suspendendo por 30 dias os ataques contra a infraestrutura de energia, algo que Putin também disse aceitar.
O presidente ucraniano pediu aos EUA um sistema de defesa aérea extra para a proteção dos civis, algo que, segundo a diplomacia americana, Donald Trump concordou em avaliar - o que estaria disponível principalmente na Europa.
Nos próximos dias, equipes técnicas vão se reunir na Arábia Saudita para discutir um cessar-fogo no Mar Negro. "Estamos mais perto da paz do que em qualquer outro momento", disse a porta-voz.
Na terça-feira (18), Vladimir Putin pediu a Trump que os EUA e outros países do Ocidente não enviem mais armas ou compartilhem informações de inteligência com os ucranianos.
Enquanto Putin e Zelenski fazem pedidos opostos ao presidente americano, a guerra segue. Os russos acusam os ucranianos de atacarem um depósito de petróleo no oeste do país, quase ao mesmo tempo 22 pacientes eram retirados deste hospital no leste da Ucrânia depois de um bombardeio.
