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EUA: Kamala Harris faz aceno por união e diz cogitar nomear republicano para gabinete

Candidata democrata disse valorizar diversidade de opiniões quando decisões importantes precisam ser tomadas

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Vice-presidente dos EUA, Kamala Harris | Divulgação

A vice-presidente e candidata à Casa Branca pelo Partido Democrata, Kamala Harris, voltou a prometer um governo unido e acima de conflitos partidários caso vença as eleições deste ano. Em entrevista à CNN norte-americana, na quinta-feira (29), a democrata disse, inclusive, que cogita nomear um republicano para seu gabinete.

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"Passei minha carreira valorizando a diversidade de opiniões. Acho importante ter pessoas à mesa com visões diferentes, experiências diferentes, quando algumas das decisões mais importantes estão sendo tomadas. E acho que seria benéfico para o público americano ter um membro do meu gabinete que fosse republicano”, disse Kamala.

Apesar da declaração, a democrata disse que ainda não tem um nome em mente para a possível nomeação ou um cargo em específico.

Essa foi a primeira entrevista de Kamala como candidata presidencial. Na conversa, ela relembrou o dia em que o presidente Joe Biden desistiu da corrida eleitoral, em 21 de julho, dizendo que estava em casa com a família quando recebeu a ligação. “Ele me contou o que tinha decidido fazer. E eu perguntei a ele, ‘Você tem certeza?’ E ele disse, ‘Sim’.”

Kamala comentou ainda sobre suas políticas de governo. A vice-presidente defendeu mudanças em certas questões, dizendo que sua maior prioridade ao assumir o cargo de presidente seria apoiar a fortalecer a classe média. Algumas das ideias citadas foram o aumento do crédito fiscal infantil e do acesso a moradias populares.

Em relação à economia, o tema mais cobrado pelos eleitores, Kamala disse que o governo estava fazendo um bom trabalho, já que precisou recuperar perdas provocadas pela pandemia de covid-19. No quesito imigração, a democrata afirmou que irá reenviar ao Congresso o projeto de lei sobre segurança na fronteira. Ela culpou o ex-presidente e atual candidato republicano Donald Trump pelo fracasso na aprovação do texto.

“Trump recebeu a notícia desse projeto de lei – que teria contribuído para proteger nossa fronteira. E porque ele acredita que isso não o teria ajudado politicamente, ele disse ao seu pessoal no Congresso ‘não o aprovem.’ Ele matou o projeto de lei, um projeto de lei de segurança de fronteira que teria colocado mais 1.500 agentes na fronteira”, disse.

Questionada sobre a posição de Biden na guerra de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza, Kamala não expressou diferença política. Ela afirmou que Israel tem o direito de se defender, mas que um acordo de cessar-fogo, incluindo a libertação dos reféns feitos pelo Hamas, precisa ser estabelecido logo para evitar mais mortes inocentes.

A entrevista de Kamala acontece poucas semanas antes do primeiro debate com Trump, programado para 10 de setembro, na ABC. No dia, ambos devem abordar temas como economia, imigração, aborto e saúde – principais preocupaçãos dos eleitoreis conforme pesquisas. As guerras em Gaza e na Ucrânia também devem ser pautadas.

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