EUA e União Europeia estão perto de fechar acordo tarifário de 15%

A União Europeia está próxima de concluir um acordo comercial com os Estados Unidos que pode resultar na aplicação de uma tarifa de 15% sobre produtos europeus exportados para o mercado norte-americano. A medida evitaria uma taxação mais severa de 30%, anunciada pelo presidente Donald Trump e prevista para entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (23) por dois diplomatas europeus.

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Autoridades da Comissão Europeia, responsável pelas negociações em nome dos 27 países do bloco, informaram aos embaixadores da UE que as tratativas com representantes do governo norte-americano avançaram. A decisão final, no entanto, caberá a Trump.

O novo imposto de 15% poderia incidir sobre setores estratégicos como automóveis e produtos farmacêuticos, sem se somar às tarifas já existentes, que giram em torno de 5%. Em contrapartida, setores como aeronaves, madeira, alguns medicamentos e produtos agrícolas poderiam ficar isentos, segundo fontes diplomáticas. Trump, por outro lado, não sinalizou disposição para reduzir a tarifa de 50% sobre o aço, segundo afirmaram os negociadores.

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Mais cedo, a Comissão Europeia afirmou que sua prioridade é alcançar uma solução negociada para evitar a tarifa de 30%. Paralelamente, o bloco prepara contratarifas de 93 bilhões de euros sobre produtos norte-americanos. A proposta será votada pelos Estados-membros da UE nesta quinta-feira (24), mas nenhuma medida entraria em vigor antes de 7 de agosto.

Caso as tarifas de 30% sejam aplicadas, diplomatas afirmam que há forte apoio entre os governos europeus para ativar as chamadas medidas "anticoerção", que permitiriam retaliar os EUA em setores como serviços e tecnologia.

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O acordo em negociação com a UE segue os moldes do pacto firmado entre Estados Unidos e Japão, considerado o mais significativo desde o início da ofensiva tarifária de Trump, em abril. Assim como no modelo japonês, o destaque está na uniformização da tarifa de 15% sobre carros, em substituição à atual taxa de 27,5% imposta por Washington, modelo que interessa particularmente a países como Alemanha e França.