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Emmanuel Macron diz que França vai reconhecer Estado da Palestina em setembro: "A paz é possível"

Decisão será oficializada em setembro, durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em meio a agravamento da crise humanitária em Gaza

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Emmanuel Macron, presidente da França | Reprodução
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O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (24) que o país vai reconhecer oficialmente o Estado da Palestina.

A declaração foi feita em uma publicação na rede social X. Segundo o líder francês, o anúncio formal será realizado em setembro, durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.

“Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina”, escreveu Macron.

O presidente também afirmou que a prioridade no momento é o fim das hostilidades na Faixa de Gaza, além da liberação de reféns e do envio de ajuda humanitária. Macron defendeu ainda a desmilitarização do grupo Hamas.

“Devemos implementar imediatamente um cessar-fogo, libertar todos os reféns e fornecer ajuda humanitária maciça à população de Gaza. A paz é possível”, completou.

A iniciativa da França ocorre em meio ao aumento da pressão internacional por uma solução para o conflito entre Israel e o Hamas.

Na quarta-feira (23), o governo brasileiro informou que ingressará na ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel, por crimes de genocídio na Faixa de Gaza.

+ Mais de 100 ONGs cobram ação contra 'fome em massa' na Faixa de Gaza

A ação tem como base a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, criada após a Segunda Guerra Mundial.

O país africano apresentou o processo à CIJ em janeiro de 2024, acusando Israel de violar a convenção internacional e praticar “conduta genocida” e “assassinato em massa de civis em Gaza”.

A crise humanitária no território palestino se intensificou nos meses recentes. Mais de 100 organizações de ajuda humanitária e de direitos humanos pediram que os governos ajam contra a fome que se alastra em Gaza.

Em comunicado, as entidades também reforça o pedido por um cessar-fogo imediato e permanente, além do fim das restrições ao envio de ajuda humanitária à população local.

Segundo autoridades de saúde palestinas, quase 60 mil pessoas foram mortas em ataques israelenses desde o início da ofensiva em resposta aos atentados do Hamas, em outubro de 2023, que deixaram 1.200 mortos em Israel e resultaram no sequestro de 251 reféns.

Nesta quinta-feira (24), o Ministério da Saúde de Gaza informou que mais duas pessoas morreram em decorrência de fome e desnutrição nas últimas 24 horas, elevando o número total de vítimas por inanição para pelo menos 115. Foi a primeira vez, desde o início do conflito, que autoridades palestinas confirmaram mortes em massa por fome. O governo de Israel nega.

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