Emirados Árabes Unidos vão enviar três aviões com doações para o Rio Grande do Sul
Anúncio foi feito pelo governante do país, Xeique Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, em conversa por telefone com o presidente Lula
O presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeique Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em conversa por telefone nesta quinta-feira (16), que o país do Oriente Médio enviará, nos próximos dias, três aviões ao Brasil com doações em apoio ao Rio Grande do Sul, que passa por uma tragédia causada por fortes chuvas. Segundo o governante dos EAU, as doações foram obtidas no país, inclusive da comunidade brasileira que mora no território emiradense.
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A conversa entre Al Nahyan e Lula durou cerca de meia de hora e foi acompanhada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, segundo o Planalto. O presidente brasileiro agradeceu a solidariedade do governo dos EAU pela população gaúcha atingida pelas chuvas e relembrou as enchentes registradas em abril em Dubai, que, ressaltou o petista, demonstram a urgência e seriedade do tema das mudanças climáticas.
De acordo com o balanço recente da tragédia no RS, divulgado pela Defesa Civil do RS no início da tarde desta quinta-feira, 151 óbitos foram confirmados e 104 pessoas estão desaparecidas. Há 538.167 indivíduos desalojados, e 77.199 pessoas encontram-se em abrigos. As precipitações afetaram 460 municípios e 2.281.774 pessoas.
Na conversa com Al Nahyan, Lula disse que o governo brasileiro fará tudo que for possível para ajudar RS e a população gaúcha. Além disso, renovou convite para Al Nahyan visitar o Brasil, para reforçar a parceria estratégica entre o Brasil e os Emirados Árabes, e manifestou intenção e organizar um evento bilateral com investidores e empresários.
"Os dois líderes também convergiram em suas posições em defesa de um cessar-fogo imediato em Gaza, da garantia de ajuda humanitária e da solução de dois Estados (Israel e Palestina); e concordaram com a importância de uma solução negociada para o conflito na Ucrânia", acrescenta o comunicado do Planalto.