"Ela nunca foi forçada", diz Valdívia em depoimento sobre acusação de estupro
Ex-jogador do Palmeiras foi acusado por duas mulheres de abuso sexual; chileno está preso preventivamente
O ex-jogador do Palmeiras Jorge Valdivia foi acusado, na última quarta-feira (23), por um novo crime de abuso sexual no Chile. O caso teria acontecido no dia 18 de outubro. O ex-atleta está preso preventivamente desde terça-feira (22), após ter sido denunciado por estupro.
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Segundo o jornal Chilevisión, Valdivia teria convidado a suposta vítima para seu apartamento, na última sexta-feira (18), depois de ter se encontrado com a mulher no restaurante El Toro, em Santiago, capital do Chile. Outros detalhes estão sendo preservados para "proteção da vítima".
Nesta quinta-feira (24), policiais do Chile fizeram buscas no apartamento do ex-jogador para procurar provas sobre a nova denúncia de estupro. A ação foi coordenada pela nova advogada de Valdivia, Paula Vial, de acordo com o jornal local Bio Bio.
O ex-Palmeiras estava sendo defendido por Erika Maira, que pediu demissão após o Ministério Público do Chile confirmar a segunda denúncia.
Primeira denúncia
Na primeira acusação contra Valdivia, a suposta vítima afirmou que os dois se encontraram em um restaurante no domingo (20), na comuna de Providencia, para discutir sobre uma tatuagem que o ex-jogador gostaria de fazer.
Durante o encontro, os dois teriam consumido duas bebidas alcoólicas e, segundo a denunciante, ela não se recorda do que aconteceu após a ingestão das bebidas. Ela acusa Valdivia de tê-la drogado antes de ter sido estuprada.
Em seu depoimento à polícia, obtido pelo jornal Chilevisión, Valdivia conta que os dois trocavam mensagens apenas sobre a tatuagem antes de se encontraram no restaurante Chicha en Aji. Quando ele chegou ao local, a mulher já havia pedido comida e um pisco sour.
"Começamos a conversar de outras coisas além das tatuagens, me falou sobre seus pais, falei que havia me separado há pouco tempo [...] Ela estava consciente do que estávamos conversando", disse Valdivia.
Depois da conversa, a mulher teria convidado o ex-jogador para seu apartamento. Segundo Valdivia, ele chegou à casa da denunciante à 0h30 e "1h da madrugada eu já estava na minha casa".
Ele disse que, na manhã seguinte, recebeu mensagens da suposta vítima. Afirmou à polícia que não conseguiu responder rapidamente, mas ligou para ela, que perguntou para o ex-jogador "o que havia acontecido", afirmando que não se lembrava e que estava com dores de cabeça. Após a ligação, os dois voltaram a se falar por mensagens.
"Também trocamos mensagens na segunda-feira (21), quando ela me disse que não se recordava, também ria da situação e eu disse a ela que, se ela não se lembrava, podíamos repetir", disse o ex-atleta.
Valdivia disse que ela estava consciente da interação sexual e negou tê-la estuprado. "Ela nunca foi forçada [...] Nunca me empurrou ou me disse para parar".
O ex-Palmeiras ainda afirmou que já havia se encontrado com a denunciante antes do dia do suposto estupro, em 18 de outubro, quando ela fez a medida de seu braço para a tatuagem. Ele também afirmou que a convidou para sua festa de aniversário, no dia 19, mas ela não foi.