Congresso dos EUA aprova lei que exige prisão de imigrantes ilegais que cometam crimes
Aprovação é considerada a primeira vitória de Trump desde que assumiu seu segundo mandato como presidente
SBT Brasil
A Câmara dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (22), um projeto de lei que exige a detenção de imigrantes ilegais que cometam roubos ou crimes violentos no país. A aprovação é considerada a primeira vitória de Trump em seu novo mandato.
A decisão segue os passos do novo presidente americano, que vem fechando o cerco contra imigrantes que vivem em situação irregular nos Estados Unidos. As medidas anunciadas preveem que seja barrada a permanência de refugiados que já receberam autorização para ficar em solo americano durante a gestão de Joe Biden.
Para as pessoas que fogem de conflitos armados, violência e perseguição em outros países, a decisão de cancelar a concessão de asilo foi um golpe. Elas tinham permissão para entrar no solo americano até o dia 27 de janeiro, mas tiveram os vistos suspensos pelo novo governo por tempo indeterminado.
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Uma outra ordem executiva assinada por Donald Trump libera operações de busca para detenção de imigrantes em situação ilegal em escolas, igrejas e hospitais, o que não era autorizado na gestão de Joe Biden.
Os escritórios que cuidam da análise dos pedidos de asilo na fronteira com o México foram fechados, pelo menos por agora. Na tarde desta quarta-feira, o presidente americano também determinou que imigrantes ilegais sejam enviados de volta ao México ou ao país de origem imediatamente e ordenou o envio de cerca de 1.500 soldados para reforçar a segurança.
Nesta tarde, a porta-voz de Trump disse: "Se você vier ilegalmente para os Estados Unidos, você vai voltar para casa, será preso e responderá judicialmente."
Em uma celebração no dia seguinte à posse, com a presença de Donald Trump e do vice, uma bispa da catedral de Washington deu um recado: "Democratas, republicanos e independentes em família, alguns que temem por suas vidas, e o povo, o povo que colhe nossas lavouras e limpa os nossos prédios de escritórios, que trabalha em fazendas e plantas de embalagens de carne, que lava os pratos depois que comemos em restaurantes e trabalha nos turnos da noite em hospitais, eles podem não ser cidadãos."
Na saída, Trump afirmou que o sermão "poderia ter sido melhor". Mais tarde, pelas redes sociais, o presidente Trump disse que a bispa "é uma esquerdista radical que o odeia e que levou a igreja dela ao mundo da política". Trump chamou o tom do discurso de "desagradável" e afirmou que a bispa e a igreja devem a ele um pedido de desculpa.
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Nesta quarta-feira, o jornal The Washington Post publicou a informação que teve acesso a um e-mail do Departamento de Justiça que pede que os organismos do governo americano fiscalizem se os funcionários estão facilitando o cumprimento do plano de Donald Trump de deportação em massa.
A Casa Branca também confirmou que funcionários públicos que foram contratados por cota foram liberados e vão cumprir o restante do contrato em uma licença remunerada. Isso porque uma das ordens executivas de Trump define contratações feitas apenas por mérito, e não por cotas raciais ou por questões de diversidade, uma bandeira defendida pelo republicano.