Colômbia endossa processo contra Israel na Corte Internacional de Justiça
Medida traz mais pressão internacional contra o conflito na Faixa de Gaza, que envolve palestinos e israelenses
A Colômbia decidiu intervir no caso da África do Sul contra Israel perante a Corte Internacional de Justiça em Haia. Nesta sexta-feira (5), o país apresentou sua Declaração de Intervenção, de acordo com o artigo 63 do Estatuto do Tribunal Internacional de Justiça, e se junta à Nicarágua e à África do Sul contra Israel. A medida traz maior pressão internacional contra o conflito na Faixa de Gaza.
O governo colombiano também fez um apelo aos 150 países signatários dos Estados Partes da Convenção para Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, assinada em 1948. O país expressou o desejo de os signatários também aderirem a esse procedimento.
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Em uma declaração sobre a ação movida pela África do Sul, o governo colombiano, sob o mandato do presidente Gustavo Petro, havia expressado em janeiro deste ano o seu apoio à iniciativa sul-africana.
A declaração também condenou o silêncio da comunidade internacional e a impunidade estendida a Israel, que "intencionalmente mata de fome os palestinos em Gaza", dizendo: "Esta é uma violação grosseira do direito internacional que não pode ser tolerada".
Petro enfatizou que as ações do governo israelense durante o conflito na Palestina configuram "atos de genocídio", uma violação direta da Convenção Contra o Genocídio de 1948.
Segundo as palavras de Petro, Israel tem a obrigação internacional de prevenir e evitar essas infrações penais e o descumprimento implica responsabilidade perante o mundo. Essas obrigações são de interesse global e todos os Estados vinculados à Convenção têm interesse em garantir sua aplicação, sustentou o presidente.