Caso Epstein: Trump defende divulgação de informações após críticas de apoiadores
Conhecidos como MAGA, a principal base de apoiadores do presidente questionou relatório do FBI e DOJ que desmente suposta 'lista de clientes' de Epstein

SBT News
com informações da Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na terça-feira (15) que qualquer "informação confiável" relacionada a Jeffrey Epstein, financista acusado de comandar um esquema internacional de tráfico sexual de menores envolvendo figuras políticas e influentes, deveria ser divulgada.
A declaração foi dada em resposta à insatisfação de parte de sua base de apoio, conhecida como MAGA, com a condução da investigação da morte de Epstein pelo Departamento de Justiça (DOJ), conduzido pela procuradora-geral Pam Bondi.
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Para repórteres, Trump disse que não compreendia o fascínio persistente pelo caso, mas ressaltou que a população deveria ter acesso a todas as informações que fossem consideradas confiáveis.
"Não entendo por que eles estariam tão interessados. Ele morreu há muito tempo, nunca foi um fator importante em termos de vida. Não entendo qual é o interesse ou o fascínio. Realmente não entendo. E as informações confiáveis já foram dadas....É um assunto bem chato. É sórdido, mas é chato, e não entendo por que continua acontecendo", disse e completou: "Mas informações confiáveis, deixem que as deem. Qualquer coisa que seja confiável, eu diria, deixem que elas tenham."
Seguidores do movimento "Make America Great Again" (MAGA), associado ao presidente, mantêm há anos uma postura desconfiada em relação ao caso Epstein, cuja morte sob custódia federal, em 2019, foi classificada oficialmente como suicídio. Durante sua campanha, Trump chegou a prometer que tornaria pública uma suposta lista de envolvidos no escândalo sexual que cercava o financista.
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No entanto, em um memorando conjunto divulgado na segunda-feira (7), o FBI e o Departamento de Justiça afirmaram que não existe nenhuma “lista de clientes” que teria sido usada por Epstein para fins de chantagem. O documento também reafirmou a conclusão de que Epstein cometeu suicídio em sua cela, enquanto aguardava julgamento, e não foi assassinado, contrariando rumores e teorias conspiratórias frequentemente propagadas por Trump e seus apoiadores.
Apesar das conclusões oficiais, figuras influentes do campo conservador, como Laura Loomer e Elon Musk, criticaram a atuação de Bondi e do diretor do FBI, Kash Patel.