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Brasileiros no Nepal relatam tensão e toque de recolher durante protestos

Casal que vive em Catmandu há 25 anos descreve violência e destruição após onda de manifestações

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Silvio e Rose Silva, um casal de brasileiros que mora no Nepal desde o ano 2000, acompanharam de perto as manifestações que tomaram conta da capital Catmandu nos últimos dias.

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Segundo Rose, a população vive sob toque de recolher. Apesar de a situação estar aparentemente mais tranquila do que no dia anterior, o clima ainda é de apreensão. O casal vive próximo à casa do ex-primeiro-ministro, que foi destruída, e relatou tiros durante a noite e focos de incêndio na cidade.

“Já passamos várias coisas aqui, mas nunca vimos algo tão radical assim. Estamos bem assustados com tudo o que tem acontecido”, contou Rose.

Silvio afirmou que supermercados foram destruídos e hotéis incendiados. Para os dois, o bloqueio das redes sociais foi o estopim dos protestos, mas o problema central é a corrupção entre políticos. Segundo eles, a situação vinha se agravando nos últimos meses até explodir em uma revolta considerada inesperada.

O casal relembrou que já presenciou, em 2006, protestos pela derrubada da monarquia e conflitos armados, mas nunca uma crise tão severa.

“O Parlamento, o Judiciário e a casa do presidente foram destruídos. A gente não sabe o que vai acontecer no futuro, o que vai ser”, disse Rose. “Minha esperança é que ontem tenha sido o ápice e que a situação vá se acalmando”, completou Silvio.

Atualizações sobre o Nepal

Soldados foram mobilizados e estão nas ruas de Catmandu, com ordem para que a população permaneça em casa - algo raro no país. O Exército informou que novas decisões serão tomadas conforme a evolução da segurança.

Desde terça-feira (09), ao menos 22 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas nos protestos.

O primeiro-ministro do Nepal renunciou ao cargo em meio à onda de manifestações motivadas pelo bloqueio do acesso a plataformas de redes sociais e pela insatisfação com a corrupção no governo.

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