Avaliação do governo Milei: pesquisa mostra argentinos divididos
Levantamento Atlas Intel mostra empate entre aprovação e desaprovação em contexto de pessimismo sobre economia argentina
Pesquisa conduzida pelo Instituto Atlas Intel na Argentina mostra uma divisão entre aqueles que aprovam e os que desaprovam o governo de Javier Milei, que tomou posse em dezembro do ano passado. Os que aprovam a gestão são 47,7% e os que desaprovam, 47,6%. Só 4,6% disseram não saber avaliar.
Divisão parecida acontece entre aqueles que consideram o governo ruim ou muito ruim (45,1%) e os que o consideram bom ou excelente (43,5%). Para 10,5%, o governo Milei é regular e 0,8% não souberam dizer.
A avaliação positiva só ganha da negativa em três áreas: 1) transparência e luta contra a corrupção; 2) gestão econômica e responsabilidade fiscal; e 3) relações exteriores. Entre os resultados mais negativos estão meio ambiente, obras públicas e saúde.
Apesar disso, a visão dos argentinos sobre a economia da Argentina continua muito negativa: 88% falam que ela está mal, uma piora da percepção em relação à última pesquisa, em novembro de 2023 (76%). Em março, só 2% falam que a situação está boa e 10% afirmam que está normal. A percepção sobre o mercado de trabalho e a situação econômica da própria família também piorou. E a expectativa para 47% dos entrevistados é de uma piora na economia do país , antes 25% em novembro.
Na comparação com o governo anterior, do kirchnerista Alberto Fernández, o governo Milei é mais bem avaliado em 5 das 11 áreas pesquisadas. São elas: 1) transparência e luta contra a corrupção); 2) gestão econômica e responsabilidade fiscal; 3) relações exteriores; 4) agricultura; e 5) segurança pública.
Embora o governo Fernández tenha avaliação melhor em 6 das 11 áreas pesquisadas, a figura do ex-presidente é a mais desgastada entre os políticos citados: só é positiva para 6% dos entrevistados e negativa para 84%. Já a imagem de Milei é positiva para 47% dos argentinos e negativa para 51%.
Foram entrevistados 2.238 cidadãos argentinos entre os dias 13 e 15 de março. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais, e o nível de confiança, de 95%.