Atentados a helicóptero e base aérea militar deixam 18 mortos na Colômbia; ONU condena ataques
Ataques foram atribuídos a diferentes facções; presidente pede que autoridades nacionais classifiquem esses grupos como organizações terroristas

SBT News
com informações da Reuters
Na Colômbia, dois atentados ao longo desta sexta-feira (22) resultaram na morte de 18 pessoas e em mais de 70 feridos. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) na Colômbia condenou os ataques e apelou às autoridades competentes para investigarem o caso.
Na tarde de sexta, pelo menos 12 policiais morreram quando um helicóptero da Polícia Nacional da Colômbia foi atacado no departamento de Antioquia. Isso enquanto apoiava operações de erradicação da folha de coca. O helicóptero realizava a erradicação de cultivos ilícitos no município de Amalfi quando foi abatido, deixando dois feridos.
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O presidente Gustavo Petro relatou inicialmente oito mortes no ataque do helicóptero, mas depois as autoridades locais confirmaram que o número de mortos havia subido para 12 policiais.
Em outro incidente no mesmo dia, a explosão de um carro-bomba perto de uma base aérea militar em Cali matou pelo menos seis pessoas e feriu outras 71.
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Ambos os ataques, que deixaram um total de 18 mortos e mais de 70 feridos, foram atribuídos a diferentes facções dissidentes do antigo grupo guerrilheiro FARC, que rejeitou o acordo de paz de 2016.
Em resposta à violência, Petro pediu a designação de vários grupos armados: "As circunstâncias que levaram às investigações em andamento me obrigam a solicitar que o Estado colombiano, em geral, e as autoridades nacionais em particular classifiquem o cartel do narcotráfico e suas facções dissidentes, Iván Mordisco, Segunda Marquetalia e Clã do Golfo, como organizações terroristas que podem ser processadas em qualquer lugar da Terra, incluindo Bogotá."
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Em postagem na rede social X (antigo Twitter), a ONU condenou os ataques e expressou condolências aos familiares das vítimas e aos demais membros da polícia.
"Instamos os grupos armados não estatais a respeitarem os direitos humanos. Apelamos às autoridades competentes para que investiguem, processem e punam os responsáveis por este ataque", afirmou.