Atentado contra Trump, morte de JFK: relembre episódios violentos da política dos EUA
País escolhe nesta terça-feira (5) seu 47º presidente, em eleição com duas tentativas de assassinato contra um dos candidatos
O recente atentado contra o ex-presidente e candidato Donald Trump trouxe à tona um tema delicado na história dos Estados Unidos: a violência política. O país tem um histórico de ataques contra presidentes em exercício, com quatro assassinatos e duas tentativas frustradas que resultaram em ferimentos.
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O primeiro presidente assassinado foi Abraham Lincoln, em 14 de abril de 1865. Conhecido por abolir a escravidão, Lincoln foi morto a tiros por John Wilkes Booth, enquanto assistia a uma peça no Teatro Ford, em Washington, D.C. Sua morte provocou uma comoção nacional.
Anos depois, em 2 de julho de 1881, o presidente James Abram Garfield foi alvo de outro atentado. Garfield foi baleado por um homem que esperava ser nomeado para um cargo público. Ele passou dois meses hospitalizado, mas acabou morrendo devido a uma infecção generalizada.
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Em 1901, o republicano William McKinley foi o terceiro presidente a ser assassinado, durante uma exposição em Buffalo, Nova York. Baleado no dia 6 de setembro, ele faleceu oito dias depois. Theodore Roosevelt, seu vice, assumiu o cargo e liderou importantes reformas econômicas.
O mais famoso desses atentados aconteceu em 1963, com o assassinato do presidente John F. Kennedy, em Dallas, Texas. O crime foi televisionado e teve grande repercussão mundial.
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O atirador, Lee Harvey Oswald, foi responsabilizado pelo ataque, e a morte de Kennedy levou à reformulação das medidas de segurança para presidentes. O Serviço Secreto, por exemplo, adotou novas tecnologias e proibiu o uso de carros conversíveis em desfiles oficiais.
Além dos assassinatos, dois outros presidentes sobreviveram a atentados. Em 1981, Ronald Reagan foi gravemente ferido após ser atingido por uma bala disparada por John Hinckley Jr e que ricocheteou em sua limusine presidencial. Outro presidente a sobreviver a um ataque foi Theodore Roosevelt, que foi baleado durante uma campanha eleitoral em 1912, mas continuou o comício mesmo ferido.
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No caso de Donald Trump, embora ele não tenha sido alvo de atentados enquanto exercia o cargo, houve duas tentativas de assassinato durante sua campanha de 2024. Em Bethel Park, Pensilvânia, Trump foi atingido de raspão na orelha por um disparo de Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, que acabou morto pelo Serviço Secreto. Meses depois, Ryan Wesley Routh tentou atacá-lo em um campo de golfe na Flórida, mas foi detido pela polícia antes de se aproximar do ex-presidente.