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Argentina declara alerta máximo para brasileiros após megaoperação no Rio

Governo Milei promete reforçar fiscalização nas fronteiras com checagem de antecedentes criminais de brasileiros que entrarem no território argentino

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O presidente argentino Javier Milei em cerimônia do Dia da Bandeira Nacional em Buenos Aires, Argentina | Foto: reprodução/Reuters
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A Argentina declarou alerta máximo nas fronteiras com o Brasil nesta quarta-feira (29), um dia após a megaoperação policial considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. O governo argentino também passou a classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações narcoterroristas.

Durante entrevista na Casa Rosada, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que o país vai “observar com muita atenção” todos os brasileiros que viajarem para a Argentina e verificar seus antecedentes, ressaltando que a medida não deve confundir turistas com integrantes de facções.

"Vamos examinar minuciosamente os brasileiros que vierem para cá, com ou sem antecedentes criminais”, disse Bullrich, acompanhada da vice-ministra e possível sucessora, Alejandra Monteoliva. As duas se reuniram com o assessor presidencial Santiago Caputo.

Operação Contenção

Deflagrada na terça-feira (28), a Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 policiais civis e militares nos complexos da Penha e do Alemão, com o objetivo de desarticular lideranças do Comando Vermelho. A ação resultou em 113 presos, 10 adolescentes apreendidos e 118 armas recolhidas, incluindo 91 fuzis, além de explosivos, munições e drogas.

A operação enfrentou forte resistência armada. Relatos apontam troca de tiros, barricadas incendiadas em vias expressas e ataques com drones lançados por criminosos para retardar o avanço das equipes. Pelo menos quatro moradores ficaram feridos.

O governador Cláudio Castro (PL) classificou a operação como um “sucesso” e disse que as únicas “vítimas” foram os quatro policiais mortos. Já o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, admitiu que “a alta letalidade era previsível, mas não desejada”.

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