Após Superterça, Nikki Haley deve desistir de disputa à Casa Branca
Ex-governadora da Carolina do Sul venceu apenas duas primárias republicanas até o momento; cenário aponta para revanche entre Trump e Biden
Nikki Haley deve desistir da sua candidatura às eleições presidenciais dos Estados Unidos. A previsão, segundo jornais norte-americanos, é que a ex-governadora da Carolina do Sul faça o anúncio ainda nesta quarta-feira (6), deixando o ex-presidente Donald Trump como último candidato para a indicação dos Republicanos ao pleito deste ano.
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A decisão ocorre um dia após a Superterça, que evidenciou a popularidade de Trump. Isso porque o ex-presidente, que já vem conquistando as primárias republicanas, venceu em 12 dos 15 estados onde ocorreram as eleições internas, perdendo para Haley apenas em Vermont. Alasca e Utah ainda devem apresentar os resultados.
Haley não será a primeira a desistir da disputa pela indicação dos Republicanos. Em janeiro, o governador da Flórida, Ron DeSantis, encerrou sua candidatura após um baixo desempenho nas primárias do partido em Iowa. Apesar de ter sido considerado um dos principais oponentes de Trump, ele perdeu para o ex-presidente nas prévias.
“Se houvesse algo que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável, mais comícios, mais entrevistas, eu faria, mas não posso pedir aos nossos apoiadores que ofereçam o seu tempo e doem os seus recursos se não tivermos uma visão clara do caminho para a vitória”, explicou DeSantis ao anunciar a suspensão da candidatura.
Com os adversários de fora, a indicação de Trump pelo partido republicano é dada como certa. Até então, a candidatura do ex-presidente estava em dúvida por ter sido considerado inelegível nas primárias em Colorado e Maine. Nesta semana, no entanto, a Suprema Corte decidiu manter Trump na disputa eleitoral, rejeitando a decisão dos tribunais estaduais.
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A indicação de Trump resultará em uma possível revanche com o presidente Joe Biden, uma vez que o político é apontado como favorito para ser indicado pelo Partido Democrata. Ambos se enfrentaram pela última vez em 2020, quando o democrata ganhou o pleito. A vitória provocou a invasão e depredação do Capitólio em 2021, por apoiadores de Trump.