Al Jazeera denuncia Exército israelense por deter e espancar jornalista que cobria ataque a maior hospital de Gaza
Al-Shifa, onde mais de 30 mil pessoas estão refugiadas, voltou a ser alvo de Israel nesta segunda (18); emissora catari demanda a soltura imediata do correspondente
SBT News
A emissora catari Al Jazeera informou nesta segunda-feira (18) que o Exército de Israel espancou e deteve o seu correspondente Ismais al-Ghoul durante uma nova incursão militar no hospital Al-Shifa, no norte da Faixa de Gaza, e onde mais de 30 mil palestinos estão refugiados.
"Ismail al-Ghoul foi preso esta manhã dentro do Hospital Al-Shifa junto com vários jornalistas enquanto cobria o ataque das forças de ocupação israelenses ao hospital. Segundo testemunhas oculares, Ismail foi severamente espancado e levado para local desconhecido.", disse a emissora em comunicado.
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Ainda segundo a Al Jazeera, o ataque faz parte de uma série de ataques sistemáticos à emissora por parte das autoridades israelenses, incluindo o assassinato da jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, em 2022, enquanto cobria um ataque israelense na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia ocupada, e pelas mortes do cinegrafistas Samer Abudaqa e do jornalista Hamza al-Dahdouh, em Gaza.
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"A Al Jazeera Media Network exige a libertação imediata do seu correspondente e dos outros jornalistas que foram detidos com ele, e responsabiliza totalmente as forças de ocupação pela sua segurança", continua o comunicado.
Jornalistas mortos por Israel
De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), 95 jornalistas e trabalhadores da comunicação social – a maioria de origem palestina – foram mortos por Israel desde o início da guerra, em outubro de 2023.