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Adolescente português é preso suspeito de ser o mentor de ataque em escola do Brasil

Segundo as investigações, ele foi o mentor do ataque a uma escola estadual, em São Paulo, que terminou com a morte de uma estudante

Adolescente português é preso suspeito de ser o mentor de ataque em escola do Brasil
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Um adolescente português, de 17 anos, foi preso suspeito de ser o mentor de um ataque a uma escola no Brasil. O jovem, que não teve a identidade revelada, foi ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, nesta sexta-feira (3).

O garoto foi detido em casa, no norte de Portugal, pela Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária de Portugal.

De acordo com as investigações, feitas em conjunto com a Polícia Federal do Brasil, o adolescente seria o administrador de um grupo online na plataforma Discord, que promovia propaganda nazista, divulgava vídeos de automutilação de jovens, fazia transmissões ao vivo de sacrifício de animais, e incentivava massacres em escolas.

Segundo as investigações, ele foi o mentor do ataque a uma escola estadual, em São Paulo, que terminou com a morte da estudante brasileira Giovanna Bezerra, de 17 anos, em outubro do ano passado. O adolescente atirou contra a cabeça dela usando a arma do pai.

O autor dos disparos, de 16 anos, também era aluno da unidade de ensino e deixou outros três colegas feridos durante o ataque.

Segundo os investigadores, o autor do massacre em São Paulo teria sido estimulado pelo jovem português e por outros integrantes do grupo online administrado por ele. O adolescente está detido, à disposição da Justiça.

Pela lei daqui de Portugal, ele deve responder criminalmente pelas acusações, mas como tem mais de 16 e menos de 21 anos, está sujeito a um regime penal especial, que envolve medidas de correção e também prisão.

Em dezembro do ano passado, a polícia do Pará encontrou material criminoso no celular de outro adolescente que também fazia parte do grupo. O rapaz, de 15 anos, está em internamento provisório.

Em entrevista às emissoras de TV portuguesas, o diretor da Polícia Judiciária afirmou que o grupo planejava mais um crime no Brasil.

O Discord se manifestou por meio de nota: “O Discord proativamente identificou e colaborou com as autoridades policiais, no Brasil e em Portugal, nas investigações que levaram a essa prisão. A segurança é uma prioridade para o Discord e estamos comprometidos em proporcionar um ambiente positivo e seguro para nossos usuários. Temos políticas rigorosas contra atividades ilegais e compartilhamento de conteúdo prejudicial em nossa plataforma, incluindo políticas de tolerância zero contra extremismo violento e abuso infantil. Uma vez que tomamos conhecimento de tal conteúdo por meio de nossas ferramentas de segurança ou por denúncia de usuários, tomamos ação, incluindo o banimento de usuários, o desligamento de servidores e, quando apropriado, atuando junto às autoridades locais competentes".

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