Acusado de planejar ataques de 11 de setembro irá se declarar culpado, diz Pentágono
Khalid Sheikh Mohammed e dois cúmplices, Walid Bin Attash e Mustafa al-Hawsawi, devem apresentar suas confissões na próxima semana
SBT News
Khalid Sheikh Mohammed, apontado como o mentor dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, concordou em se declarar culpado, informa o Departamento de Defesa estadunidense nesta quarta-feira (31).
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Mohammed e dois cúmplices, Walid Bin Attash e Mustafa al-Hawsawi, devem apresentar suas confissões à comissão militar na Baía de Guantánamo, em Cuba, já na próxima semana.
As autoridades do Pentágono não divulgaram imediatamente os termos do acordo de confissão. O jornal New York Times, citando fontes não identificadas do Pentágono, informou que os termos incluíam a condição de que os acusados fossem poupados da pena de morte.
Quem é Khalid Sheikh Mohammed?
Khalid Sheikh Mohammed é um militante islâmico e membro da organização terrorista Al-Qaeda. Ele é de origem paquistanesa e foi educado nos Estados Unidos antes de se envolver com grupos militantes islâmicos.
Mohammed foi capturado em 1º de março de 2003, no Paquistão, por uma operação conjunta das agências de inteligência paquistanesas e da CIA. Após sua captura, ele foi transferido para vários locais de detenção da CIA e, posteriormente, levado para a prisão de Guantánamo, em Cuba. Em 2008, ele confessou seu papel nos ataques de 11 de setembro, bem como envolvimento em outros ataques e planos terroristas.
Mohammed é considerado uma figura central na estrutura da Al-Qaeda, tendo ocupado vários cargos de liderança na organização.
Ataque de 11 de setembro
O ataque de 11 de setembro de 2001 foi uma série de ataques terroristas coordenados pela organização extremista Al-Qaeda contra os Estados Unidos. O caso é tratado como o maior atentado terrorista da história.
Na manhã daquele dia, 19 terroristas sequestraram quatro aviões comerciais. Dois desses aviões foram deliberadamente colididos contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, provocando o colapso de ambos os edifícios.
Um terceiro avião atingiu o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Arlington, Virgínia. O quarto avião, o voo United 93, caiu em um campo na Pensilvânia após os passageiros tentarem retomar o controle dos sequestradores.
Esses ataques resultaram na morte de quase 3.000 pessoas e feriram mais de 6.000, causando também danos significativos à infraestrutura e à economia dos Estados Unidos.
Além das vidas perdidas e do impacto econômico imediato, o 11 de setembro teve profundas consequências políticas e sociais, levando à Guerra ao Terror, à invasão do Afeganistão e ao aumento das medidas de segurança nacional nos Estados Unidos e ao redor do mundo.