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Acordo comercial entre China e EUA traz alívio aos mercados financeiros; economistas avaliam impactos para o Brasil

Investidores de todo o mundo acompanham como o novo acordo entre China e EUA vai funcionar e quais serão os impactos reais para a economia brasileira

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O acordo entre China e Estados Unidos formalizado nesta segunda-feira (12) sinaliza uma pausa na guerra comercial que vinha causando instabilidade econômica global. As tarifas com valores altos, que chegaram a taxar em 145% produtos chineses, afetaram bolsas de valores e moedas ao redor do mundo.

A repercussão de uma trégua de 60 dias entre as duas potências foi imediata: os mercados americanos fecharam em alta e o dólar se valorizou. No Brasil, a moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,68, enquanto a bolsa brasileira manteve estabilidade.

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A economista Carla Beni, professora na Fundação Getúlio Vargas, lembra que durante o período de tensão entre as duas potências, o Brasil foi beneficiado com a disputa comercial e conseguiu fortalecer a relação com os chineses, que já eram grandes parceiros econômicos do país.

"A questão é saber como estas relações entre Brasil e China vão voltar a operar, porque a China já se adiantou no meio do caminho e também já fortificou algumas relações com o Brasil", avalia a economista.

Ela destaca, por outro lado, que para a economia internacional, o embate entre China e EUA é ruim para todos, portanto a trégua é uma boa notícia.

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O professor Rafael Ferraz, da Universidade Católica de Brasília, explica que o Brasil virou principal competidor dos Estados Unidos na exportação de produtos relacionados ao agronegócio.

“Para melhorar a posição deles na negociação com os Estados Unidos, é natural que eles busquem os países competidores dos Estados Unidos e, e em especial no setor do agro, o Brasil é o principal competidor.”

Para Carla Beni, o Brasil precisa continuar se aliando com a China. "Não só é o nosso primeiro parceiro comercial, como é um país com grande investimento aqui, ou propostas de investimentos aqui no Brasil", afirma a economista.

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