Emboscada do Hamas mata 10 militares israelenses em Gaza
Entre as vítimas estão militares de alta patente do exército israelense
SBT Brasil
Uma emboscada armada pelo grupo terrorista Hamas, na cidade de Gaza, matou 10 israelenses - entre eles militares de alta patente.
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Os bombardeios aéreos e os que vêm do mar abrem caminho para as tropas que, segundo Israel, tinham dominado completamente o norte da faixa de Gaza, mas foi nessa região que o país sofreu o pior golpe desde a invasão do território palestino. A emboscada causou várias explosões e mortos dois coronéis e vários oficiais.
Do outro lado, já há mais de 18 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde de Faza, que é controlado pelo Hamas, mas monitorado por organizações internacionais. O número de feridos passa de 50 mil, inclusive crianças, como as que chegam ao hospital em Khan Younes.
Chegar até ali é um desafio. O hospital é uma ilha no meio dos destroços. Para piorar, a chuva das últimas horas e o frio do inverno aumentaram consideravelmente o risco de uma epidemia de doenças, que a Organização Mundial da Saúde já tinha alertado que era iminente.
85% da população de Gaza está desabrigada. São quase dois milhões de pessoas sem acesso à água limpa e energia elétrica. Segundo a ONU, metade da população do território se deslocou para Rafah, no extremo sul de Gaza, uma região que não escapa dos ataques.
A guerra chega à sua fase mais grave e trágica no momento em que a pressão diplomática por um cessar-fogo pra aliviar a crise humanitária também nunca foi tão grande, mas nesta quarta, o ministro das Relações Exteriores de Israel afirmou que seu país vai continuar com os ataques com ou sem apoio internacional. Israel insiste que parar a guerra agora seria benéfico apenas para o Hamas.
Os israelenses têm tentado ganhar a opinião pública divulgando detalhes como o dos estupros que dizem ter sido cometidos durante os ataques terroristas de 7 de outubro.
Do outro lado, porém, o questionamento é o preço que os civis de Gaza estão pagando. A necessidade de protegê-los está cada vez mais presente no discurso do presidente dos Estados Unidos que, segundo a mídia do país, disse que Israel está perdendo apoio por seus bombardeios indiscriminados.