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Milei reduz número de ministérios à metade e empossa ministros em cerimônia privada

Novo presidente da Argentina tomou posse neste domingo (10.dez) e prometeu lutar contra a inflação com "unhas e dentes"

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Equipe de ministros de Milei
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O presidente da Argentina, Javier Milei, publicou neste domingo (10.dez) um decreto em seu primeiro ato no cargo, logo após tomar posse, reduzindo o número de ministérios de 18 para 9. Ele empossou seus ministros em uma cerimônia privada que não teve a presença de jornalistas e não foi transmitida por nenhum veículo de comunicação (nem o oficial do governo).

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Não houve imagens ao vivo da tomada de posse de Luis Caputo (ministro da Economia), Sandra Pettovello (Capital Humano) , Patricia Bullrich (Segurança), Luis Petri (Defesa), Guillermo Ferraro (Infraestrutura), Guillermo Francos (Interior), Mariano Cúneo Libarona (Justiça), Diana Mondino (Relações Exteriores) e Mario Russo (Saúde). Também foram empossados os secretários Javier Herrera Bravo (Jurídico e Técnico), Manuel Adorni (Comunicação e Imprensa) e Karina Milei (Presidência).

Os nove ministérios extintos pelo nove presidente são os da Educação, Trabalho, Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inova, Cultura, Ministério de Mulheres, Gênero e Diversidade, Ministério do Turismo e Esporte, Ministério do Desenvolvimento Territorial e Habitacional.

Como foi a posse

O Congresso Nacional empossou Javier Milei presidente da Argentina um pouco antes do meio-dia. Sob gritos de "Liberdade", em referência ao nome do partido do libertário "La Libertad Avanza", e vaias direcionadas à Cristina Kirchner, Milei fez seu juramento e recebeu a faixa presidencial das mãos do ex-presidente Alberto Fernández.  

Posteriormente, ele e a vice-presidente, Victoria Villarruel, assinaram os termos de posse. Milei escreveu 'carajo' ao assinar livro de presença do Congresso da Argentina. Enquanto a vice discursou no Congresso, Milei quebrou protocolos e discursou para seus apoiadores na escadaria da casa legislativa. 

"Hoje começa uma nova era na Argentina. Hoje damos por terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o caminho da reconstrução do nosso país", disse Milei ao lado de oito chefes de estado e do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

"Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Não há retorno. Hoje enterramos décadas de fracassos e disputas sem sentido. Começa uma era de paz e prosperidade, de liberdade e progresso", discursou o presidente.

Em seu discurso, Milei também afirmou que recebeu a "pior herança de um governo na história" e prometeu lutar contra a inflação com "unhas e dentes".

"Tal como a queda do Muro de Berlim marcou o fim de uma era trágica para o mundo, estas eleições marcaram o ponto de virada da nossa história", afirmou. "Nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos a receber".

"Não há dinheiro", afirmou Milei

A crise econômica que assola a Argentina pautou a maior parte do longo discurso do presidente eleito. Milei foi enfático sobre o fato de não haver dinheiro, e reforçou que irá realizar cortes nos gastos públicos. 

"Não podemos nos endividar, não podemos emitir e não podemos continuar sufocando o setor privado com impostos. Não há alternativa se não o choque", disse o novo presidente."Infelizmente, isto terá impacto na atividade econômica, na pobreza e nos salários", admitiu.

Milei também afirmou que o país deve atravessar uma estagflação, antes de melhorar. "Não vai ser fácil. 100 anos de fracassos não podem ser desfeitos num dia. Mas um dia começa e esse dia é hoje", disse.

"Estamos certos de que a liberdade é a única forma em que poderemos sair do poço em que nos colocaram."

Javier Milei finalizou o discurso às 12h50, e se direcionou à Casa Rosada, residência oficial da presidência, em carro aberto. No local, ele recepciou delegações estrangeiras, incluindo o chanceler brasileiro Mauro Vieira -- que representou o Brasil na posse. Posteriormente, ele foi até a Catedral Metropolitano de Buenos Aires para um culto ecumênico. 

O presidente então voltou para a Casa Rosada e empossa seus ministros. Após a posse do governo, Milei iria para o Teatro Colón, principal casa de ópera do país, para assistir uma versão enxuta da ópera Madame Butterfly, do italiano Giacomo Puccini. 

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