EUA: sargento da reserva da Força Aérea é preso por participar de invasão ao Capitólio
Kyle Douglas McMahan foi visto arrombando portas para entrar no prédio e agredindo policiais
O sargento da reserva da Força Aérea dos Estados Unidos Kyle Douglas McMahan foi preso, na 4ª feira (6.dez), por ter participado da invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021. Segundo o Departamento de Justiça, o homem foi identificado por meio de imagens de câmeras de segurança. No dia do ataque, ele estava com um boné com a frase "Make America Great Again", utilizada durante a campanha do ex-presidente Donald Trump.
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"Nas imagens, McMahan é visto na frente de um grupo de manifestantes confrontando policiais. McMahan teria entrado no prédio pelas portas leste e parado momentaneamente no saguão da Rotunda para falar com um grupo de indivíduos. Enquanto estava na Rotunda, ele golpeou o braço de um oficial. Em um vídeo disponível publicamente, é possível ver McMahan dizendo a outro policial, 'você é um traidor?'", disse a polícia.
Os investigadores informaram ainda que, nos dias após a invasão, McMahan fez publicações nas redes sociais afirmando ter participado do ato. "Eu estava lá junto ao povo para recuperar nossa Casa de um governo corrupto", diz uma das postagens. Já no Google, o histórico de buscas do preso incluía "posso renunciar às Forças Armadas se não quiser servir a um presidente ilegítimo?" e "terroristas do Capitólio identificados".
McMahan foi acusado de crimes de agressão, resistência ou impedimento de policiais e obstrução da aplicação da lei, bem como delitos adicionais de contravenção. O caso será processado pela Procuradoria dos Estados Unidos para o Distrito de Columbia.
Ao todo, cerca de 1,2 mil pessoas foram acusadas de terem participado do ataque ao Capitólio, enquanto 700 foram condenadas, pegando, em média, 20 anos de prisão. O ataque foi motivado por eleitores de Trump que questionaram a veracidade do resultado da eleição presidencial de 2020, que deu vitória ao atual presidente do país, Joe Biden. O ato resultou na morte de cinco pessoas e deixou mais de 140 policiais feridos.
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No ano passado, o Comitê do Congresso que investigava o caso apontou Trump como o principal incentivador do ato, alegando que o ex-presidente publicou diversas mensagens pedindo para que os apoiadores respondessem às "fraudes eleitorais". Hoje, Trump é investigado por tentar reverter o resultado das últimas eleições e por conspiração de fraude eleitoral.