Israel proíbe a entrada de caminhões de ajuda humanitária em Gaza
Segundo a organização Crescente Vermelho, Israel proibiu a entrada de água, comida, medicamentos e combustível no enclave palestino "por tempo indeterminado"
Com o fim do cessar-fogo provisório, Israel voltou a impedir a entrada de caminhões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, denunciou a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) na tarde desta 3ª feira (28.nov).
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No X, antigo Twitter, a organização humanitária internacional informou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) avisaram todas as organizações e entidades que operam na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, que a entrada de comboios de ajuda está proibida por tempo indeterminado.
? Urgent-PRCS: The Israeli Occupation prevents the entry of aid through the Rafah border crossing.
? PRCS (@PalestineRCS) December 1, 2023
?? Today, Israeli occupation forces informed all organizations and entities operating at the Rafah border crossing that the entry of aid trucks from the Egyptian side to the #Gaza?
"Fomos alertados a desobstruir a passagem de caminhões do lado palestino o mais rapidamente possível", continuou
Segundo a organização, a decisão de Israel "agrava o sofrimento dos cidadãos e aumenta os desafios enfrentados pelas organizações humanitárias e de ajuda humanitária para aliviar as dificuldades dos cidadãos e das pessoas deslocadas devido à agressão em curso na Faixa de Gaza".
Philippe Lazzarini, diretor da agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, também demonstrou preocupação com o bloqueio.
"Estamos mais do que "preocupados" com o fato de NENHUMA ajuda humanitária ter sido permitida hoje emGaza, incluindo combustível" disse no X. " A pausa chegou ao fim. As Forças Israelenses retomaram as operações militares, muitos serão deslocados, inclusive buscando refúgio em abrigos já lotados", continuou.
Com o fim do cessar-fogo de 7 dias, bombardeios israelenses no norte e sul de Gaza já fizeram novas vítimas. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, 178 palestinos foram mortos e 589 ficaram feridos em ataques realizados desde a manhã desta 6ª feira (1º.dez). O número de mortos no enclave palestino chega a 15 mil, incluindo 6.150 crianças e 4.000 mulheres, segundo dados da UNRWA.
O número de palestinos deslocados em Gaza supera 1,8 milhões.