Israel mata ao menos 8 palestinos em 24 horas na Cisjordânia

Forças israelenses que atuam na Cisjordânia ocupada mataram pelo menos oito palestinos, incluindo um membro do Hamas, em um período de 24 horas, afirmaram autoridades de saúde palestinas neste domingo (26.nov).

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O Ministério da Saúde Palestino afirmou que cinco palestinos foram mortos na fortaleza militar de Jenin, enquanto outros três foram mortos em áreas separadas da Cisjordânia desde sábado de manhã. Um dos mortos, em al-Bireh, no centro da Cisjordânia, era um adolescente, informou o ministério.

O exército israelense afirmou ter matado cinco palestinos em um tiroteio durante sua operação no campo de refugiados de Jenin, onde estava prendendo um palestino suspeito de matar um pai e um filho israelenses, em um lava-rápido na Cisjordânia no início do ano.

O exército disse que os mortos eram militantes. O grupo Jihad Islâmica Palestina reivindicou um dos homens, identificado como Asaad al-Damj, 33 anos, como membro, enquanto os demais não foram imediatamente vinculados a grupos militantes. O exército afirmou, sem especificar mais, que contou com apoio aéreo que atingiu e feriu o que disse serem palestinos armados. O exército também disse estar investigando os relatos dos outros incidentes.

A agência oficial de notícias palestina, Wafa, disse que atiradores israelenses estavam posicionados em telhados e que tratores militares estavam danificando estradas e infraestrutura. Os relatos não puderam ser verificados de imediato de forma independente, mas o exército israelense afirmou estar usando "equipamentos de engenharia" para descobrir dispositivos explosivos enterrados sob as estradas.

Na tentativa de perseguir militantes, Israel restringiu a Cisjordânia imediatamente após o ataque do Hamas, fechando travessias e pontos de controle entre as cidades palestinas.

Antes do ataque do Hamas, em 7 de outubro, 2023 já era o ano mais mortal para os palestinos na Cisjordânia em mais de duas décadas.

Israel e o Hamas interromperam brevemente os combates para permitir a entrada de mais ajuda em Gaza e liberar reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel. A ofensiva israelense matou mais de 13.300 palestinos, segundo o Ministério da Saúde. Grandes áreas da Faixa de Gaza foram devastadas, e cerca de 1,7 milhão de palestinos fugiram de suas casas.

No ataque surpresa do mês passado, o Hamas matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e fez cerca de 240 reféns.

Israel capturou a Cisjordânia, juntamente com a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, na guerra do Oriente Médio, em 1967. Os palestinos buscam esses territórios como parte de seu esperado estado independente.

*com informações da Associated Press