67% dos mortos na guerra em Gaza são mulheres e crianças, diz ONU
Organização também alertou que feridos não estão encontrando serviços de saúde disponíveis
Mulheres e crianças correspondem a 67% dos cerca de 13 mil mortos na guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. O balanço é da Organização das Nações Unidos (ONU), que apontou que sete mulheres são mortas a cada duas horas na região devido aos combates, que se intensificaram significativamente após o início da ofensiva terrestre israelense.
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Além dos óbitos, os milhares de feridos não encontram serviços de saúde disponíveis, sobretudo devido ao desabastecimento de insumos médicos e energia em Gaza. Quase todos os centros de saúde da região estão sem funcionar, enquanto outros estão sendo evacuados após ordem do exército israelense. As tropas procuram instalações do Hamas nos subsolos.
Segundo a chefe da ONU Mulheres, Sima Bahous, cerca de 180 partos acontecem diariamente em Gaza sem água, anestésicos e eletricidade para as incubadoras. Ela reforça que, antes da guerra, 650 mil mulheres e meninas precisavam de assistência humanitária na região, número que aumentou para 1,1 milhão com os combates.
Apesar de Israel e Hamas terem acordado em uma pausa temporária das hostilidades -- mediante a troca de reféns e prisioneiros --, as organizações humanitárias afirmam que a pausa de quatro dias não será suficiente. Para a diretora executiva do Fundo da ONU para Infância (Unicef), Catherine Russel, é urgente um cessar-fogo temporário imediato.
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"As crianças vivem em um mundo cada vez mais hostil aos seus direitos, especialmente as crianças presas em guerras e conflitos. O número relatado de crianças mortas em Gaza já ultrapassou 5.000. Cada uma é uma vida extinta e uma família devastada. Isto tem de acabar", disse Russel.