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Lula pede atuação do Brics para evitar alastramento da guerra entre Israel-Hamas

Presidente participou de reunião virtual do bloco para discutir crise humanitária na Faixa de Gaza e pediu o "reconhecimento de um Estado palestino viável"

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o alto número de palestinos mortos em decorrência de bombardeios israelenses na Faixa de Gaza e avaliou que o "reconhecimento de um Estado palestino viável" é a "única solução possível" para o conflito armado entre Israel e Hamas.

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A fala de Lula aconteceu durante a reunião extraordinária do Brics, convocada pela África do Sul, nesta 3 ª feira (21.nov), para discutir o atual conflito, e a consequente crise humanitária no enclave palestino.

"Desde o início do atual conflito entre Israel e Palestina, tive a oportunidade de conversar bilateralmente com praticamente todos os líderes aqui reunidos", disse Lula ao se dirigir para os chefes de Estado presentes na cúpula virtual, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, além de representantes dos países convidados a integrar o BRICS -- Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.

"O Brasil condenou de maneira veemente os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro contra o povo israelense", continuou. "No entanto, tais atos bárbaros não justificam o uso de força indiscriminada e desproporcional contra civis. Estamos diante de uma catástrofe humanitária", pontuou.

Lula também chamou a atenção para o número de mortos na Faixa de Gaza  -- mais de 12 mil, sendo 5 mil crianças -- e a demora para a aprovação de uma resolução humanitária no Conselho de Segurança da ONU, pedindo novamente por sua reforma e que a trégua humanitária seja implementada "imediatamente".

"Só em 15 de novembro último, mais de 40 dias depois do início dos conflitos, o Conselho de Segurança finalmente aprovou uma Resolução que foca em um dos objetivos mais essenciais de toda ação humanitária: a proteção de crianças.", afirmou. "Novamente, a credibilidade das Nações Unidas está em jogo".

O petista avaliou que o bloco deve atuar sobre outros dois temas envolvendo o conflito: evitar o alastramento da guerra para países vizinhos e garantir o reconhecimento de um Estado palestino. Segundo Lula, a nova configuração do Brics, "é valiosa e imprescindível" para a autocontenção e des-escalada da guerra.

"Estou convencido do potencial deste grupo para mobilizar as forças políticas e diplomáticas em favor da resolução pacífica de controvérsias", finalizou. 

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