"Parece obra do outro lado, não de vocês", diz Biden a Netanyahu sobre ataque a hospital em Gaza
Bombardeio deixou pelo menos 500 mortos; Israel e Hamas trocaram acusações, e Jihad Islâmica negou autoria
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta 4ª feira (18.out). Na conversa com o premiê, o líder norte-americano disse acreditar que o bombardeio a hospital na Faixa de Gaza que deixou pelo menos 500 mortos "parece obra do outro lado, não de vocês".
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"Baseado no que vi, parece obra do outro lado, não de vocês", disse Biden, sugerindo que o ataque foi realizado por radicais palestinos e mostrando solidariedade ao lado israelense. "Mas tem muita gente por aí que não tem esta certeza, então temos que superar uma série de coisas", continuou. Biden ainda garantiu que os EUA vão fornecer tudo de que Israel precisa para enfrentar o grupo extremista Hamas.
O presidente norte-americano se disse "profundamente entristecido e indignado" com o ataque e pediu apoio ao palestinos "inocentes em meio a tudo isso". "Nós precisamos ter em mente que o Hamas não representa o povo palestino e só trouxe sofrimento a essas pessoas", completou.
Netanyahu elogiou o que chamou de "clareza moral" de Biden e agradeceu "o firme comprometimento [dos EUA] de ajudar Israel com as ferramentas de que precisamos para nos defender".
O líder israelense ainda comparou a ofensiva do Hamas, iniciada em 7 de setembro, a "vinte atentados do 11 de setembro". "O mundo civilizado precisa se unir para derrotar o Hamas", pediu.
Oficiais palestinos acusaram Israel pelo ataque ao hospital Al-Ahli Arab, localizado no norte de Gaza -- em 13 de outubro, o lado israelense ordenou que palestinos deixassem a região em direção ao sul.
Já Israel atribuiu autoria à Jihad Islâmica, que também negou participação. O bombardeio provocou o cancelamento de uma conferência entre Biden e líderes de países árabes, previamente marcada para esta 4ª.
Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Jordânia e Turquia culparam Israel pela explosão.
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