Avião vai resgatar brasileiros próximo à fronteira de Gaza, diz ministro
Aeronave sairia inicialmente do Cairo, capital do Egito; grupo deve ser repatriado no sábado
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que os brasileiros que estão na Faixa de Gaza devem embarcar no avião presidencial em uma região perto da fronteira do Egito com o território palestino, e não mais na capital, Cairo, como estava sendo negociado com o governo egípcio. A declaração foi dada nesta 6ª feira (13.out), após reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, que debateu o conflito entre Israel e o grupo Hamas.
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"O governo brasileiro negociou para que os brasileiros que se encontram em Gaza possam sair pelo Egito. É a única forma de sair. Sairão nesse ônibus, que os transportará amanhã [sábado]. O que nós propusemos é que saíssem e fossem levados até um aeroporto, em uma localidade muito próxima da fronteira, onde o avião da Força Aérea Brasileira estará esperando", disse Vieira.
O governo tenta repatriar um grupo de brasileiros que está abrigado em uma escola no norte de Gaza. Segundo o ministro, eles serão levados no sábado de manhã por um ônibus, contratado pela Embaixada do Brasil na Palestina, para outra localidade, ao sul. Lá, eles vão aguardar o momento de cruzar a fronteira com o Egito para, então, embarcarem rumo ao Brasil.
A urgência para que os brasileiros saiam da escola acontece porque Israel anunciou uma ofensiva terrestre no norte da Faixa de Gaza. O Exército israelense ordenou a evacuação de mais de 1 milhão de pessoas em um prazo de 24 horas.
"As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, alegando que não há tempo suficiente para a transferência de todos os moradores.
Para Mauro Vieira, o deslocamento desse número de pessoas em tão pouco tempo "seria desumano". De acordo com ele, os países que integram o Conselho de Segurança da ONU fizeram um apelo por um prazo maior.
"Seria desumano deslocar 1 milhão de pessoas em tão pouco tempo, então todos os países [do Conselho de Segurança da ONU] fizeram um apelo para que isso não acontecesse, que houvesse um prazo maior", afirmou Vieira.