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Human Rights Watch denuncia Israel por uso de fósforo branco em Gaza e Líbano

Relatório aponta risco à população civil devido ao uso desse material em operações militares em áreas densamente povoadas

Imagem da noticia Human Rights Watch denuncia Israel por uso de fósforo branco em Gaza e Líbano
Fósforo branco usado por Israel contra Gaza e Líbano
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A Human Rights Watch divulgou um relatório crítico nesta 5ª feira (12.out), destacando o uso de fósforo branco por Israel em suas operações militares em Gaza e no Líbano. De acordo com a organização, o emprego desse material em áreas densamente povoadas coloca em risco os civis, causando lesões graves e duradouras.

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O relatório da entidade ressalta que o fósforo branco, uma substância que pode ser usada para marcação, sinalização e ocultação, tem um efeito incendiário significativo, capaz de causar sérias queimaduras em pessoas e incendiar estruturas, campos e objetos civis próximos. Além disso, seu uso em Gaza, uma das regiões mais densamente povoadas do mundo, é considerado uma violação das leis humanitárias internacionais, que proíbem a exposição de civis a riscos desnecessários.

Israel tem bombardeado Gaza em retaliação ao ataque do Hamas nas cidades do sul do país.

"Sempre que o fósforo branco é utilizado em áreas urbanas densamente povoadas, ele apresenta um alto risco de causar queimaduras extremamente dolorosas e sofrimento ao longo da vida" enfatizou Lama Fakih, Diretora do Oriente Médio e Norte da África da Human Rights Watch.

Além disso, o fósforo branco, quando explodido no ar, pode incendiar casas e causar danos significativos aos civis.

O relatório cita observações de ataques com fósforo branco na Cidade de Gaza e ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano, com vídeos verificados que mostram explosões e o característico cheiro de fósforo branco. A utilização desse material incendiário em áreas densamente povoadas, segundo a Human Rights Watch, é uma violação das leis humanitárias internacionais que exigem precauções para evitar ferimentos e perdas de vidas civis.

As autoridades israelenses não se pronunciaram até o momento sobre o uso de fósforo branco durante os confrontos em andamento.

A Anistia Internacional, por meio de seu Laboratório de Evidências de Crise, confirmou que as unidades militares israelenses envolvidas nos ataques a Gaza estão utilizando projéteis de artilharia de fósforo branco. Uma investigação está em andamento para apurar o que parece ser o uso desse material em Gaza, incluindo um ataque que ocorreu nas proximidades de um hotel na praia da Cidade de Gaza.

Essa controvérsia surge em meio a um período de hostilidades após os ataques mortais do Hamas em 7 de outubro e os subsequentes ataques de foguetes que resultaram em vítimas, tanto em Israel quanto em Gaza. Até a data de publicação desta matéria, mais de 1.300 israelenses, incluindo centenas de civis, perderam a vida, e dezenas de israelenses foram feitos reféns em violação do direito humanitário internacional. Os intensos bombardeios israelenses em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, resultaram na morte de mais de 1.400 palestinos, incluindo civis, e no deslocamento de centenas de milhares de pessoas.

A Human Rights Watch apela para que Israel interrompa o uso de fósforo branco em áreas povoadas, citando alternativas disponíveis e não letais. O relatório também destaca a necessidade de revisar o Protocolo III da Convenção sobre Armas Convencionais para abordar lacunas nas regulamentações de armas incendiárias.

Em meio a crescentes preocupações com o uso do fósforo branco, a comunidade internacional aguarda para ver como a situação se desenvolverá, enquanto os apelos por precaução e proteção de civis continuam a ganhar destaque.

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