"A Rússia é a única que tem poder de terminar esta guerra imediatamente", diz Biden na ONU
Presidente dos EUA reforçou apoio do país à Ucrânia, falou sobre competição com a China e pediu regulação da inteligência artificial
Felipe Moraes
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez discurso na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), nesta 3ª feira (19.set), e abordou diversos temas. Reiterou o apoio do país à Ucrânia, criticou a Rússia, falou sobre a competição com a China e cobrou regulação de novas tecnologias, como a inteligência artificial.
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Biden, que falou logo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou "compreender o dever que nosso país tem neste momento crítico". "Os EUA buscam um mundo mais próspero, seguro para todas as pessoas. Sabemos que nosso futuro está ligado ao de vocês. Sabemos que nosso futuro está conectado com o futuro de todos. Nenhuma nação pode encontrar desafios de hoje em dia sozinha", disse.
O presidente norte-americano reforçou que a ONU "precisa continuar a preservar a paz e encontrar novas formas de superar obstáculos". Biden também entrou no tema das novas tecnologias, como a inteligência artificial, e pediu regulação.
"As novas tecnologias trazem potencial, mas também grandes perigos. Precisamos certificar de que usamos como oportunidade e não como armas para opressão. Garantir que há governança das tecnologias e não permitir que elas nos governem", completou.
Sobre a China, Biden defendeu uma "gestão responsável da competição entre nossos países, para que isso não resulte em conflito". "Precisamos diminuir o risco e não voltar para situações de intimidação. Precisamos nivelar o plano econômico para garantir prosperidade para todos", continuou.
O presidente dos EUA ainda declarou que a emergência climática é tratada "como crise existencial desde o momento que assumi o governo", citando as trágicas enchentes na Líbia, que já deixaram mais de 11 mil mortos.
Por fim, Biden reiterou o apoio à Ucrânia e criticou o país invasor. "A Rússia é a única que tem poder de terminar esta guerra imediatamente", reforçou.
"A Rússia acredita que o mundo está enfraquecido e que poderia brutalizar a Ucrânia sem consequências. Se permitirmos que a Ucrânia possa perder sua independência, todas as nações estarão em risco. Precisamos nos colocar contra esta agressão. Os EUA continuarão do lado do povo corajoso da Ucrânia, à medida que defende sua integridade e liberdade", completou.
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